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terça-feira, 29 de junho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

Sua beleza está na total aceitação




Aceite isso, ame isso, celebre isso na própria celebração você vai começar a ver a singularidade dos outros, a incomparável beleza dos outros.


O amor só é possível quando existe uma profunda aceitação de si mesmo, do outro, do mundo. A aceitação cria um ambiente em que o amor prospera, o solo em que o amor viceja."


ACEITE-SE OU SOFRE


"No momento em que você se aceita, você se torna aberto, torna-se vulnerável, receptivo.



No momento em que você se aceita, não há necessidade de futuro nenhum, porque não há necessidade de melhorar coisa alguma.



Então, tudo é bom, tudo é bom como é.



No próprio exercício de viver, a vida começa a adquirir um novo colorido, surge uma nova harmonia.


Se você aceita a si mesmo, esse é começo da aceitação de tudo.



Se rejeita a si mesmo, você está basicamente rejeitando o universo; se rejeita a si mesmo, você está rejeitando a vida.



Se aceita a si mesmo, você aceitou a vida; então, não há mais nada a fazer além de sentir prazer, celebrar. Não há do que se queixar, não há ressentimentos; você se sente grato.



Então, a vida é boa e a morte é boa; então, a alegria é boa e a tristeza é boa; então, estar com a pessoa amada é bom e estar sozinho é bom.



Então, tudo o que acontece é bom, porque acontece a partir do todo.


Mas você foi condicionado, ao longo de séculos, a não aceitar a si mesmo.


Todas as culturas do mundo foram envenenadas pela mente humana, porque todas elas dependem de uma coisa: melhorar a si mesmo.



Todas despertaram ansiedade em você ansiedade é o estado de tensão entre o que você é e o que deveria ser.



As pessoas tendem a permanecer ansiosas se houver um "deve" na vida.



Se há um ideal que tem de ser atingido, como você pode ficar relaxado?



Como pode ficar em casa?



E impossível viver qualquer coisa totalmente, porque a mente anseia pelo futuro.



E esse futuro nunca vem ele não pode vir.


Pela própria natureza do seu desejo, é impossível quando ele vem, você começa a imaginar outras coisas, você começa a desejar outras coisas. Você pode sempre imaginar uma situação melhor.



E você pode sempre ficar na ansiedade, tenso, preocupado é assim que a humanidade tem vivido por séculos.


Apenas raramente, de vez em quando, um homem escapa da armadilha.


Esse homem é chamado de Buda, de Cristo.


O homem desperto é aquele que conseguiu sair da armadilha da sociedade, que viu que essa armadilha não passa de um absurdo.



Você não pode melhorar a si mesmo.



E eu não estou dizendo que a melhora não aconteça; lembre-se mas você não pode melhorar a si mesmo.



Quando pára de se melhorar, a vida melhora você.


Nesse relaxamento, nessa aceitação, a vida começa a cuidar de você, a vida começa a fluir através de você.


E quando você não tem nenhum ressentimento, nenhuma queixa, você desabrocha, você floresce.


Portanto, eu gostaria de lhe dizer: aceite a si mesmo como você é.


E essa é a coisa mais difícil do mundo, porque vai contra o seu treinamento, a sua educação, a sua cultura.



Desde o início da vida lhe disseram como você deveria ser.



Ninguém nunca lhe disse que você é bom assim como é; eles sempre puseram programas na sua mente.



Você foi programado pelos pais, pelos padres, pelos políticos, pelos professores você foi programado para apenas uma coisa: simplesmente continuar se aprimorando.



Aonde quer que você vá, vai correndo atrás de alguma coisa.



Você nunca descansa. Trabalha até a morte.


O meu ensinamento é simples: não adie a vida.


Não espere pelo amanhã, pois ele nunca vem.


Viva o dia de hoje!


Jesus disse aos seus discípulos: "Olhai para os lírios do campo, como crescem; eles não trabalham, nem fiam contudo eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles."


Qual é a beleza das humildes flores?


Sua beleza está na total aceitação.


Elas não têm um programa em seu ser para melhorar.


Elas estão aqui e agora dançando ao vento, tomando banho de sol, conversando com as nuvens, dormindo no calor da tarde, flertando com as borboletas... desfrutando, sendo, amando, sendo amadas.


E toda a vida começa a despejar a sua energia dentro de você quando você está aberto.



Então as árvores são mais verdes do que lhe parecem ser agora; então o sol é mais brilhante do que lhe parece ser agora; então tudo torna-se psicodélico, colorido. Do contrário, tudo perde a graça, torna-se insípido, melancólico e sem brilho.


Aceite-se essa é a oração.


Aceite-se essa é a gratidão.


Relaxe internamente é dessa maneira que Deus queria que você fosse.


Ele não queria que você fosse de outro jeito; do contrário, teria feito você diferente.



Ele fez você como você e como ninguém mais.



Tentar se aprimorar é basicamente tentar aprimorar a Deus o que é uma idiotice, e você vai ficar cada vez mais louco nessa tentativa.



Não vai chegar a lugar nenhum; simplesmente terá perdido uma grande oportunidade.


Deixe que essa seja a sua cor a aceitação.


Deixe que essa seja a sua característica a aceitação, a completa aceitação.


E então você ficará surpreso: a vida está sempre pronta a derramar as suas bênçãos sobre você.


A vida não é sovina; a vida sempre dá em abundância mas não podemos receber essa abundância porque não sentimos que merecemos recebê-la.


É por isso que as pessoas se apegam às desgraças elas se acomodam à sua programação.


As pessoas continuam se punindo de mil e uma maneiras sutis.


Por quê?


Porque isso se encaixa no seu programa.


Se você não é como deveria ser, terá de se punir, terá de criar sofrimentos para si mesmo.



É por isso que as pessoas se sentem bem quando são sofredoras.


Deixe-me dizer uma coisa: as pessoas ficam contentes quando são sofredoras; elas se tornam muito, mas muito inquietas quando estão felizes.



Isso foi o que observei em milhares e milhares de pessoas: quando elas são infelizes, tudo está como deveria ser.



Elas aceitam a situação essa situação de infelicidade se enquadra no condicionamento, na mente delas.



Elas sabem o quanto são horríveis, elas sabem que são pecadoras.


Disseram-lhe que você nasceu no pecado.


Que estupidez!


Que absurdo!


O homem não nasce no pecado, mas na inocência.


Nunca houve nenhum pecado original, a única coisa que houve foi a inocência original.



Toda criança nasce na inocência.



Nós fazemos com que se sinta culpada começamos a dizer:



"Assim não pode ser. Você deve ser deste modo."


E a criança é natural e inocente.


Nós a castigamos por ser natural e inocente e a recompensamos por ser artificial e esperta.



Nós a recompensamos por ser falsa todas as nossas recompensas são para as pessoas falsas.



Se alguém é inocente, não lhe damos nenhuma recompensa; não temos nenhuma consideração para com essa pessoa, não temos nenhum respeito por ela.



O inocente é condenado, o inocente é considerado quase como um sinônimo de criminoso.



O inocente é considerado tolo, o esperto é considerado inteligente.



O falso é aceito o falso se encaixa na sociedade falsa.


Então, toda a sua vida não passa de um esforço para criar cada vez mais punições para si mesmo.



E tudo o que você faz é errado; então você tem de se punir por todas as alegrias.



Até mesmo quando a alegria vem a despeito de você mesmo, lembre-se, quando a alegria vem a despeito de você, quando às vezes Deus simplesmente se choca contra você e você não pode evitá-lo imediatamente você começa a se punir.


Algo deu errado como isso pôde acontecer a uma pessoa horrível como você?


Na noite passada, um homem me perguntou:


"Osho, o senhor fala sobre o amor, o senhor fala de dar o seu amor. Mas o que eu tenho para dar a todo mundo?"


Ele quis saber:


"O que eu tenho para oferecer à minha amada?"


Essa é a idéia secreta de todo mundo: "Eu não tenho nada."


O que você não tem?


Ninguém lhe disse que você tem todas as belezas de todas as flores porque o homem é a mais bela flor desta terra, o ser mais evoluído.


Nenhum pássaro pode cantar a canção que você é capaz de cantar o canto dos pássaros não passa de ruídos, embora ainda assim seja lindo porque vem da inocência.



Você pode cantar canções muito melhores, de maior importância, com muito mais significados.


Mas você pergunta: "O que eu tenho?"


As árvores são verdes, belas; as estrelas são belas e os rios são belosmas você já viu algo mais belo do que o rosto humano?


Você já se deparou com algo mais belo do que os olhos humanos?


Em toda a terra, não existe nada mais delicado que os olhos humanos nenhuma rosa pode competir com eles, nenhum lótus pode competir.


E que profundidade!


Mas você quer saber: "O que eu tenho para oferecer no amor?"


Você deve ter vivido uma vida de condenação de si mesmo;
você deve ter-se depreciado, sobrecarregando-se de culpas.


Na verdade, quando alguém o ama, você fica um tanto surpreso.


"Quem... eu? Uma pessoa me ama?"


A idéia surge na sua mente:


"É porque ela não me conhece. É isso. Se vier a me conhecer, se me observar melhor, ela nunca me amará."


E assim os amantes começam a se esconder uns dos outros.


Eles guardam muitos segredos, não abrem os seus segredos porque têm medo de que, no momento em que abrirem o coração, o amor irá desaparecer porque não conseguem se amar, como podem imaginar que alguém os ama?


O amor começa com o amor por si mesmo.


Não seja egoísta, mas satisfeito consigo mesmo e essas são duas coisas diferentes.



Não seja um Narciso, não seja obcecado por si mesmo mas o amor por si mesmo é um dever, um fenômeno básico.



Apenas quando parte desse pressuposto é que você pode amar alguém.


Aceite a si mesmo, ame a si mesmo; você é uma criação de Deus.


A assinatura de Deus está em você e você é especial, único.


Ninguém mais nunca foi como você e ninguém mais jamais será como você é simplesmente único, incomparável.



Aceite isso, ame isso, celebre isso na própria celebração você vai começar a ver a singularidade dos outros, a incomparável beleza dos outros.






O amor só é possível quando existe uma profunda aceitação de si mesmo, do outro, do mundo. A aceitação cria um ambiente em que o amor prospera, o solo em que o amor viceja."

Osho

terça-feira, 1 de junho de 2010

Qual adoece primeiro: o corpo ou a alma




Qual adoece primeiro: o corpo ou a alma

A alma não pode adoecer, porque é o que há de perfeito em ti, a alma evolui, aprende.
Na realidade, boa parte das enfermidades são exatamente o contrário: são a resistência do corpo emocional e mental à alma.
Quando nossa personalidade resiste aos desígnios da alma, adoecemos.



A Saúde e as Emoções

Há emoções prejudiciais à saúde?
Quais são as que mais nos prejudicam?

70 por cento das enfermidades do ser humano vêm do campo da consciência emocional.
As doenças muitas vezes procedem de emoções não processadas, não expressadas, reprimidas.
O medo, que é a ausência de amor, é a grande enfermidade, o denominador comum de boa parte das enfermidades que temos hoje.
Quando o temor se congela, afeta os rins, as glândulas suprarrenais, os ossos, a energia vital, e pode converter-se em pânico.
Então nos fazemos de fortes e descuidamos de nossa saúde?
De heróis os cemitérios estão cheios.
Tens que cuidar de ti.
Tens teus limites, não vás além.
Tens que reconhecer quais são os teus limites e superá-los, pois, se não os reconheceres, vais destruir teu corpo.
Como é que a raiva nos afeta?
A raiva é santa, é sagrada, é uma emoção positiva, porque te leva à autoafirmação, à busca do teu território, a defender o que é teu, o que é justo.
Porém, quando a raiva se torna irritabilidade, agressividade, ressentimento, ódio, ela se volta contra ti e afeta o fígado, a digestão, o sistema imunológico.
Então a alegria, ao contrário, nos ajuda a permanecer saudáveis?
A alegria é a mais bela das emoções, porque é a emoção da inocência, do coração e é a mais curativa de todas, porque não é contrária a nenhuma outra.

Um pouquinho de tristeza com alegria escreve poemas.
A alegria com medo leva-nos a contextualizar o medo e a não lhe darmos tanta importância.
A alegria acalma os ânimos?
Sim, a alegria suaviza todas as outras emoções, porque nos permite processá-las a partir da inocência.
A alegria põe as outras emoções em contrato com o coração e dá-lhes um sentido ascendente.
Canaliza-as para que cheguem ao mundo da mente.
E a tristeza?
A tristeza é um sentimento que pode te levar à depressão quando te deixas envolver por ela e não a expressas, porém ela também pode te ajudar.
A tristeza te leva a contatares contigo mesmo e a restaurares o controle interno.
Todas as emoções negativas têm seu próprio aspecto positivo.
Tornamo-las negativas quando as reprimimos.
Convém aceitarmos essas emoções que consideramos negativas como parte de nós mesmos?
Como parte para transformá-las, ou seja, quando se aceitam, fluem, e já não se estancam e podem se transmutar.
Temos de as canalizar para que cheguem à cabeça a partir do coração.
Que difícil!
Sim, é muito difícil.
Realmente as emoções básica são o amor e o medo (que é ausência de amor), de modo que tudo que existe é amor, por excesso ou deficiência.
Construtivo ou destrutivo.
Porque também existe o amor que se aferra, o amor que superprotege, o amor tóxico, destrutivo.
Como prevenir a enfermidade?
Somos criadores, portanto creio que a melhor forma é criarmos saúde.
E, se criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade, porque seremos saúde.
E se aparecer a doença?
Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos.
Krishnamurti também adoeceu de um câncer de pâncrea e ele não era alguém que levasse uma vida desregrada.
Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu.
Devemos explicar isso para aqueles que creem que adoecer é fracassar.
O fracasso e o êxito são dois mestres e nada mais.
E, quando tu és o aprendiz, tens que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em tua vida.
Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade.
A ansiedade é um sentimento de vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de ar.
É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de buscarmos dentro.
Surge quando buscamos nos acontecimentos externos, quando buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca interior.
Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e posses.
Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio aumenta.
Então, o que podemos fazer para nos libertarmos dessa angústica?
Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate ou com mais calorias, ou buscando um príncipe azul fora.

Só passa a angústia quando entras em teu interior, te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo.
A angústia vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que somos, de modo que ficamos no “deveria ser”, e não somos nem uma coisa nem outra.


O estresse é outro dos males de nossa época.
O estresse vem da competitividade, de que quero ser perfeito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é minha, quero imitar.
E realmente só podes competir quando decides ser um competidor de ti mesmo, ou seja, quando queres ser único, original, autêntico e não uma fotocópia de ninguém.
O estresse destrutivo prejudica o sistema imunológico.
Porém, um bom estresse é uma maravilha, porque te permite estar alerta e desperto nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades para emergir a um novo nível de consciência.
O que nos recomendaria para nos sentirmos melhor com nós mesmos?
A solidão.
Estar consigo mesmo todos os dias é maravilhoso.
Passar 20 minutos consigo mesmo é o começo da meditação, é estender uma ponte para a verdadeira saúde, é aceder o altar interior, o ser interior.
Minha recomendação é que a gente ponha o relógio para despertar 20 minutos antes, para não tomar o tempo de nossas ocupações.
Se dedicares, não o tempo que te sobra, mas esses primeiros minutos da manhã, quando estás rejuvenescido e descansado, para meditar, essa pausa vai te recarregar, porque na pausa habita o potencial da alma.
O que é para você a felicidade?
É a essência da vida.
É o próprio sentido da vida.

Encarnamos para sermos felizes, não para outra coisa.


Porém, felicidade não é prazer, é integridade.



Quando todos os sentidos se consagram ao ser, podemos ser felizes.



Somos felizes quando cremos em nós mesmos, quando confiamos em nós, quando nos empenhamos transpessoalmente a um nível que transcende o pequeno eu ou o pequeno ego. Somos felizes quando temos um sentido que vai mais além da vida cotidiana, quando não adiamos a vida, quando não nos alienamos de nós mesmos, quando estamos em paz e a salvo com a vida e com nossa consciência.


Viver o Presente.
É importante viver no presente?
Como conseguir?
Deixamos ir-se o passado e não hipotecamos a vida às expectativas do futuro quando nos ancoramos no ser e não no ter.
Eu digo que a felicidade tem a ver com a realização, e esta com a capacidade de habitarmos a realidade.
E viver em realidade é sairmos do mundo da confusão.
Na sua opinião, estamos tão confusos assim?
Temos três ilusões enormes que nos confundem.
Primeiro cremos que somos um corpo e não uma alma, quando o corpo é o instrumento da vida e se acaba com a morte.
Segundo, cremos que o sentido da vida é o prazer, porém com mais prazer não há mais felicidade, senão mais dependência.
Prazer e felicidade não são o mesmo.
Há que se consagrar o prazer à vida e não a vida ao prazer.
A terceira ilusão é o poder; cremos ter o poder infinito de viver.
E do que realmente necessitamos para viver?
Será de amor, por acaso?
O amor, tão trazido e tão levado, e tão caluniado, é uma força renovadora.
O amor é magnífico porque cria coesão.
No amor tudo está vivo, como um rio que se renova a si mesmo.
No amor a gente sempre pode renovar-se, porque ordena tudo.
No amor não há usurpação, não há deslocamento, não há medo, não há ressentimento, porque quando tu te ordenas porque vives o amor, cada coisa ocupa o seu lugar, e então se restaura a harmonia.
Agora, pela perspectiva humana, nós o assimilamos com a fraqueza, porém o amor não é fraco.
Enfraquece-nos quando entendemos que alguém a quem amamos não nos ama.
Há uma grande confusão na nossa cultura.
Cremos que sofremos por amor, porém não é por amor, é por paixão, que é uma variação do apego.
O que habitualmente chamamos de amor é uma droga.
Tal qual se depende da cocaína, da maconha ou da morfina, também se depende da paixão.
É uma muleta para apoiar-se em vez de levar alguém no meu coração para libertá-lo e libertar-me.
O verdadeiro amor tem uma essência fundamental que é a liberdade, e sempre conduz à liberdade.
Mas às vezes nos sentimos atados a um amor.
Se o amor conduz à dependência é Eros.
Eros é um fósforo, e quando o acendes ele se consome rapidamente em dois minutos e já te queimas o dedo.
Há amores que são assim, pura chispa.
Embora essa chispa possa servir para acender a lenha do verdadeiro amor.
Quando a lenha está acesa, produz fogo.
Esse é o amor impessoal, que produz luz e calor.
Pode nos dar algum conselho para alcançarmos o amor verdadeiro?
Somente a verdade.
Confia na verdade; não tens que ser como a princesa dos sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és.
Tens um direito sagrado, que é o direito de errar; tens outro, que é o direito de perdoar, porque o erro é teu mestre.
Ama-te, sê sincero contigo mesmo e leva-te em consideração.
Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém que possa te querer.
Amor produz amor.
Se te amas, vais encontrar amor.
Se não, vazio.
Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti.
A chave então é amar-se a si mesmo.
E ao próximo como a ti mesmo.
Se não te amas a ti, não amas a Deus, nem a teu filho, porque estás te apegando, estás condicionando o outro.
Aceita-te como és; não podemos transformar o que não aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações.

Cordiais saudações.



FONTE: Entrevista com o Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade de Andaluzia, Espanha, pioneiro da Medicina Bioenergética. 10 de março de 2009.