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sexta-feira, 15 de maio de 2015

JARDIM DE AFETOS



Com tuas mãos, podes cultivar o teu jardim de afetos.
Sê generoso em tua casa...
Cuida
de tuas flores, não permitindo que a erva daninha se
alastre em teu canteiro de amor.
Afasta para longe o ciúme e o desrespeito.
Não anule flor alguma em seu perfume...
Deixa florirem à tua volta aqueles que são teus.
Incentiva-os.
Ama-os.
Que tuas mãos não lhes despetalem os sonhos...
As mãos do jardineiro devem ser tão delicadas
quanto as flores que acariciam.
Irmão José
(De “Ao alcance das mãos”, de Carlos A. Baccelli)

Maria Elisete Shalom...
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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Semente da bem aventurança



Respeite a sua natureza Semente da bem aventurança
Cultive sempre a humildade



Limpe os resíduos tóxicos do preconceito
Sai do comodismo, cria a revolução
Quebre padrões , te liberta



 Viva a paz , o amor com gratidão
Aceita o caminho da bem aventurança

Maria Elisete Shalom

No Mundo da Lua





" A Lua, e não o Sol, é o legítimo cronômetro do alvorecer dos tempos".


A Lua sempre foi o marcador de tempo natural das mudanças periódicas que ocorriam em todos os reinos, era ela também que assinalava todas as etapas e padrões do eterno ciclo da vida e da morte.  Sua misteriosa luz prateada apontava o momento certo para o plantio, para a colheita, para o acasalmento e para as mudanças climáticas. Os antigos gregos a representavam como um cálice vazio que enchia-se e esvaziava-se lentamente, representando as alterações cíclicas das emoções, reações e necessidades humanas.

O símbolo escolhido para representar a esfera matriarcal é a Lua, em sua correlação com a noite e com a Grande Mãe do céu noturno. A Lua é o astro que ilumina a noite e é o símbolo do princípio feminino, representando potencialidades, estados de alma, valores do inconsciente, humores e emoções, receptividade e fertilidade, mutação e transmutação. E, as fases da Lua, caracterizam os aspectos da natureza feminina, assim como representam os estágios e as transformações na vida da mulher.

O Mundo da Lua, aparece na qualidade de um nascimento ou renascimento. Onde quer que se visualize seu símbolo, sempre estaremos diante de um mistério de transformação matriarcal, mesmo que algumas vezes, mostre-se camuflado no mundo patriarcal.

Os astros luminosos em sua dimensão arquetípica, sempre são símbolos da consciência e do espírito da psique humana. É por isso que sua posição nas religiões e ritos é característica das constelações psíquicas dominantes no grupo que, a partir do seu inconsciente, projetou-os no céu. Para ilustrar, o Sol tem sua correspondência na consciência patriarcal, enquanto a Lua na consciência matriarcal.

O aspecto lunar do matriarcado não se refere ao espírito invisível e imaterial, bandeira defendida pelo patriarcado, mas foi a razão pela qual fez com que a Lua acabasse depreciada, assim como o Feminino a que ela corresponde. Todos seus princípios marginalizados levaram à conceituação abstrata da consciência moderna e, que hoje ameaça a existência da humanidade ocidental, pois a unilateralidade masculina acarreta uma hipertrofia da consciência, às custas da totalidade do homem.
Atualmente, o conhecimento abstraído pela consciência coletiva da humanidade encontra-se nas mãos de representantes masculinos, que nem sequer são capazes de incorporar o princípio solar imaterial e puro.

O Mundo da Lua, está longe de ser, como supunha o mundo patriarcal, somente um nível de matéria inferior, de fugacidade telúrica e escuridão. Nos mistérios do renascimento ocorre a iluminação e a imortalização do homem. Este mesmo homem, que é iniciado pela Grande Mãe, como demonstra os mistérios eleusinos e o seu renascimento acontece como um nascimento luminoso no céu noturno. Ele brilhará como um ponto de luz no manto negro da noite, iluminando o mundo noturno, mas mesmo tornando-se deste modo, imortal, a Mãe não o libera, mas o carrega para perto de si na mandala celeste, pois uma Mãe jamais abandona seu filho.

A LUA E A MENSTRUAÇÃO

A cada 28 dias a Lua completa seu ciclo de crescente a minguante. A Lua Nova marca a primeira iluminação e um fiapo fica visível no céu noturno. A Lua então cresce até o primeiro quarto, quando se pode visualizar a metade de seu disco. Continua a crescer e completa-se até atingir a Lua Cheia. Neste ponto, começa a diminuir de tamanho até o terceiro quarto, quando novamente só se vê a metade do disco e continua assim até que não se veja mais seu disco. Em quinta fase, esta Lua Escura dura três noites e esta, é este é o mais poderoso de todos os ciclos da Lua.

A Lua, com seu ciclo de nascimento, crescimento e morte, é um lembrete poderoso, todos os meses, da natureza dos ciclos. Em épocas remotas, os ciclos menstruais das mulheres eram perfeitamente alinhados com os da Lua. A mulher ovulava na Lua Cheia e menstruava na Lua Escura. A Lua Cheia era o ápice do ciclo da criação, era  quando o óvulo era liberado. Nos 14 dias que antecedem esta liberação, as energias da criação reúnem tudo que é necessário para constituir o óvulo. Quando passava a Lua Cheia e o óvulo não era fertilizado, tornava-se maduro demais e se decompunha, derramando-se no fluxo natural de sangue na Lua Escura. Quando a mulher vive em perfeita harmonia com a Terra, ela só sangra os três dias da Lua Escura. Quando a Lua Nova emerge, seu  fluxo naturalmente deve cessar e o ciclo da criação é reiniciado dentro dela.
Em nossa sociedade atual, o uso de pílulas anticoncepcionais, fez com que a mulher deixasse de incorporar e compreender este ciclo de criação e destruição dentro de si.
Alguns índios norte-americanos, consideravam a Lua uma mulher, a primeira Mulher e, no seu quarto minguante ela ficava "doente", palavra que definiam como menstruação. Camponeses europeus acreditavam que a Lua menstruava e que estava "adoentada" no período minguante, sendo que a chuva vermelha que o folclore afirma cair do céu era o "sangue da Lua".
Em várias línguas as palavras menstruação e Lua são as mesmas ou estão associadas. A palavra menstruação significa "mudança da Lua" e "mens" é Lua. Alguns camponeses alemães chamam o período menstrual de "a Lua". Na França é chamado de "le moment de la luna". 
Entre muitos povos em todas as partes do mundo as mulheres eram consideradas "tabu" durante o período da menstruação. Este período para algumas tribos indígenas era considerado um estado tão peculiar que a mulher deveria recolher-se à uma "tenda menstrual" escura, pois a luz da Lua não deveria bater sobre ela. O isolamento mensal da mulher, tinha o mesmo significado que os ritos de puberdade dos homens. Durante este curto espaço de tempo de solidão forçada, as mulheres mantinham um contato mais íntimo com as forças instintivas dentro de si.
Em tribos mais primitivas, nenhum homem podia se aproximar de uma mulher menstruada, pois até sua sombra era poluidora. O sangue menstrual, nesta época, era tido como contaminador. Acreditavam também, que a mulher menstruada tinha um efeito poluente sobre o fogo e se por algum motivo se aproximasse dele, esse se extinguiria. Ainda, de acordo com o Talmude, se uma mulher no início da menstruação passasse por dois homens, certamente um deles morreria. Se estivesse no término de seu período, provavelmente causaria uma violenta discussão entre eles. 
Por vários motivos as mulheres acabaram impondo à si mesmas uma abstinência, muito embora, tanto nelas como nos animais, o período de maior desejo sexual é imediatamente anterior ou posterior a menstruação.
Na Índia, acredita-se ainda hoje, que a Deusa-Mãe menstrua. Durante essa época, as estátuas da deusa são afastadas e panos manchados de sangue são considerados como "remédio" para a maior parte das doenças. Na Babilônia, pensava-se que Istar, a Deusa Lua, menstruava na época da Lua Cheia, quando o "sabattu" de Istar, ou dia do mal, era observado. A palavra "sabattu" vem de sabat e significa o descanso do coração. É o dia de descanso que a Lua tem quando está cheia. Este dia é um percursor direto do sabá e considerava-se desfavorável qualquer trabalho, comer comida cozida ou viajar. Essas eram as coisas proibidas para a mulher menstruada. O sabá era primeiramente observado somente uma vez por mês e depois passou a ser observado em cada uma das fases da Lua.
Hoje, uma compreensão científica e objetiva já nos livrou de todos estes tabus, mas é bom lembrar que em certo momento histórico, inconscientemente, a natureza instintiva feminina podia provocar a anulação dos homens.

A NATUREZA TRINA DA MULHER

A natureza da mulher é cíclica e bem separada de seus desejos pessoais e ela experimenta a vida através 
desta natureza sempre mutável. As mudanças mais marcantes de seu comportamento acontecem em relação aos seus sentimentos. Tudo pode estar auspicioso e alegre em certo momento, mas passado pouco tempo poderá estar melancólico e deprimente. Desta forma, sua percepção subjetiva da vida é projetada para o mundo exterior e a mulher pode sentir a mudança cíclica como uma qualidade da própria vida.
No curso de um ciclo completo, que corresponde à revolução lunar, a energia da mulher cresce, brilha esplendorosa e volta a minguar totalmente. Essas mudanças afetam-na tanto na vida física como sexualmente e também psiquicamente. Na mulher, a vida tem fluxo e refluxo que é dependente de seu ritmo interno. O ir e vir da energia, quando perfeitamente compreendido pela mulher, pode presenteá-la com uma oportunidade de trabalho ou uma aventura espiritual, a qual ela espera há muito tempo. Se a Lua lhe for favorável, ela poderá ter uma vida mais livre e cheia de oportunidades, mas se a Lua estiver desfavorável, pode perder sua chance, sendo incapaz de recuperá-la. Não é de admirar que nossos ancestrais chamassem a Lua de "Deusa do Destino", pois realmente é fato que ela influência no destino da mulher, assim como dos homens também, embora inconscientemente.
No mundo patriarcal, as mulheres descuidaram-se de seus ritmos para tornarem-se competitivas e o mais próximas possíveis dos homens. Caíram, sem perceber, sob o domínio do masculino interior, perdendo o contato com seu próprio instinto feminino, passando a viver somente através das qualidades masculinos do "animus". Entretanto, negar sua identidade é constituir-se em um ser sem alma. Não é incorporando os valores masculinos ou tentando imitar seu comportamento que terá reconhecido o seu valor. A mulher deve ser reconhecida também, pela sua dimensão feminina e não pela sua dissociação da sua realidade psíquica.

A MULHER LUA CRESCENTE

A primeira face da Deusa é a Donzela, ou Virgem e que corresponde a Lua Crescente. Representa a juventude, a vitalidade, a antecipação da vida, o início da criação, o potencial de crescimento e a semente do "vir a ser".
A Lua Crescente, portanto, liga-se a "virgem", a mulher solteira e sugere inúmeras  promessas ocultas de crescimento, de riqueza, de criatividade e de prazer. Esta Lua nos faz voar à um mundo de sonhos e devaneios. Nos tornamos seres alados que levitam num céu estrelado de possibilidades, onde o impossível torna-se realidade. É o verdadeiro despertar de Eros, do amor, da vida que não nos impõe nenhum obstáculo. Neste mundo onde tudo é possível a mulher personifica-se como a eterna amante, a musa inspiradora que concretiza a eterna felicidade. 
A mulher na Lua Crescente consegue expor sua feminilidade com muita espontaneidade. Ela é a personificação da deusa em sua manifestação instintiva e natural, buscando sua essência. Ela é rica em fertilidade e possibilidades, sem limites. Precisa de todo o espaço para expandir-se e manifestar-se. É erva que se alastra e cobre tudo, pois ela é livre, animal sem dono, que não admite ficar presa à ninguém. Dona de si mesma, ela se rege, se governa por seus princípios internos, muitas vezes à custa de muito sofrimento, pois toda liberdade tem seu preço. 
Este princípio feminino é representado por várias deusas e uma delas é Àrtemis, a arqueira-virgem e amazona infalível, que corria livre pelos campos e de coração solitário. Ela é arquétipo da feminilidade mais pura e primitiva. Ela santifica a solidão e a vida natural. E, é ela que garante a nossa resistência a domesticação. Outra deusa da Lua Crescente é Inana, uma antiga entidade suméria que é portadora de qualidades lunares femininas. Em época de mudanças, esta deusa sempre está presente e pode ser invocada.
As mulheres que incorporam os atributos da Lua Crescente, são muito sensuais, verdadeiras Afrodites contemporâneas e conhecedoras da influência de seus poderes. Sentem orgulho de seu sexo e possuem uma vitalidade rara, somada a uma ansiedade de ampliar os horizontes de seu psiquismo. Jamais se adaptam à limites sociais e culturais, pois seu desejo de expansão é incontrolável. Estão sempre mudando, são mulheres inquietas e instáveis. Como a Lua Crescente, revolucionam, criam e transformam constantemente. São difíceis de serem civilizadas, pois como Àrtemis, possuem um amor intenso pela liberdade, pela independência e autonomia. Possuem temperamento estouvado e aprendem muito cedo a engolir suas lágrimas e planejar vinganças pelas humilhações que sofrem, devolvendo na medida certa o que receberam.
Para um homem relacionar-se com uma mulher-lua-crescente, pode ser um desafio e tanto. Igualmente, a mulher que penetrar fundo nesse lado de sua natureza artemisia, precisará reconhecer o poder primitivo de sua sanguinolência e o efeito que pode ter sobre o homem. A Lua Crescente nos põe em contato com todos esses aspectos da natureza feminina.

A MULHER LUA CHEIA

O aspecto de Mãe da Deusa sempre foi o mais acessível para que a humanidade o reconhecesse, invocasse e o identificasse. A Lua Cheia está associada à imagem maternal da Deusa, à mulher em toda a sua plenitude, ao potencial pleno da força vital. Ela corresponde ao crescimento e amadurecimento de todas as coisas, ao ponto culminante de todos os ciclos, à semente germinada e à plenitude do caldeirão.
Na Lua Cheia entramos em outra dimensão do feminino, aqui o instinto se coloca a serviço da criação e da humanização. Esta é a fase lunar que é iluminada pelo Sol em sua totalidade, indicando mais clareza de consciência e um melhor relacionamento entre masculino e feminino, o que propicia a criação.
A Lua Cheia é a Lua Grávida de criatividade, de riqueza e da realização do próprio crescimento. É a imagem da Mãe, com o poder divino de carregar uma nova vida em seu ventre. É ela que gera, promove o crescimento e dá o nascimento. Ela é a deusa da maternidade, que traz consigo a fertilidade para a terra e para os homens.
A Lua Cheia nos conecta com a terra, nos coloca em contato com os valores terrenos, é o próprio amor realizado. Esta Lua-Mãe, foi expressa mitológicamente pelos gregos como Deméter com sua prodigiosa energia para nutrir e acalentar e sua dedicação desinteressada para com os filhos e a família. Esta deusa-mãe também é visualizada em Cibele, Ísis, em Astarte e na Virgem Maria. Todas aparecem sempre com o filho, o que pressupõe uma capacidade de relacionamento e reprodução realizada. O filho representa o nascimento, o Logos no feminino. A Lua, deste modo, relaciona-se com o mundo de maneira mais humana, através de seu filho. Estabelece-se assim, um contato mais íntimo entre o mundo interno e o externo, do divino com o terreno e do espiritual com o material.
A maternidade em si já é uma doação, mas também associa-se à capacidade de sacrifício. Todas as deusas citadas, têm em comum o fato de terem um filho que morre e depois ressuscita. O filho seria a semente que morre, se decompõe na terra, para trazer em seguida a renovação da vida. Mas, enquanto não chega a hora do sacrifício, o filho reina junto com a Mãe-Lua e é controlado por ela.
A mulher regida pela Lua Cheia é mais confiável, pois se assemelha à Mãe. Ela é acolhedora, mais domesticada e sempre se coloca à disposição e proteção do outro. Esta mulher tem os pés no chão e seus mistérios não são tão ocultos, pois ela se revela mais claramente. Ela acolhe a criação, que é a união do masculino com o feminino. Mas esta mulher tem uma preocupação exagerada com a segurança, o que  impede o seu aprofundamento em seus relacionamentos, pois o contato mais íntimo, pode constituir-se em uma ameaça. Desenvolve então, um controle fora do comum e nada pode pegá-la desprevenida. Aqui desenvolve-se um impedimento a sua criatividade, pois seus passos são calculados, evitando confrontar-se com o desconhecido, que podem lhe proporcionar surpresas desagradáveis.
A mulher-lua-cheia é a esposa e mãe perfeita, desfaz-se em eficiência e cuidados, mas falta-lhe a paixão e a inquietação.

A MULHER LUA MINGUANTE

O terceiro aspecto da Deusa, a Anciã, corresponde à fase da Lua Minguante, sendo o menos compreendido e o mais temido.
A Lua Minguante define-se no acaso e na velhice. É aquela que encerra em si a sabedoria e os segredos nunca revelados. Está associada a velha bruxa, ao deteriorar da força vital, ao envelhecimento, assim como, aos poderes de destruição e da morte, à destruição do impulso de Eros.
A mulher que é arquetípicamente regida pela Lua Minguante é misteriosa e por vezes indefinível. Parece possuir um potencial para realização de algo que é difícil definir com exatidão. Possui virtualidades pressentidas, mas nem sempre realizadas. Ela mesma não se define de maneira consciente e clara. Possui também uma certa dificuldade em lidar com os aspectos da vida consciente. Esta é a mulher que vive no "mundo da lua". Está sempre descobrindo novas possibilidades, mas tem certa dificuldade em direcioná-las e nunca consegue finalizar o que começou.
Como está mais próxima e mantém constante contato com as fontes inconscientes da fertilidade, aparenta estar realizando algo, mas que pode nunca concretizar. É sempre suscetível a perder-se em sonhos e devaneios em função da dificuldade que tem em lidar com o concreto e o real. O seu maior obstáculo é o tempo presente, pois está sempre voltando ao passado, revendo tudo o que foi capaz de realizar, ou lamentando o que deixou de fazer. Ela está sempre distante do presente e por isso torna-se fria e distante dos outros, devido ao seu excesso de auto-referência.
A sua criatividade, se não submetida ao controle do ego consciente, pode assumir uma forma caótica e desordenada. A sua maior dificuldade está em mobilizar e dirigir essa energia. Possui ela, todo o potencial para a criação por seu acesso fácil às fontes criadoras lunares, mas necessita compreender e separar a mistura orobórica criativa, a fazer a ordenação do caos, para que ele se transforme num cosmo criativo
A mulher Lua Minguante possui uma energia muito forte, mas ela pode manifestar-se de maneira tanto construtiva, como destrutiva, dependendo da forma como trabalha o seu consciente. A necessidade de mudança também está sempre determinando seu comportamento. O que mais importa para ela é o próprio processo do que o objetivo final, o caminho não tem tanta importância, mas premente é a necessidade de fazer a passagem.
A introspecção ao mundo interior ocorre facilmente para a mulher regida pela lua minguante. A sua maior dificuldade está no fato de tornar-se produtiva e realizar toda a fertilidade encontrada. Se não conseguir direcionar essa vitalidade, objetivando-a e encaminhando-a para a realização criativa, toda essa riqueza pode se tornar inútil.
A Lua Minguante sempre serviu como vaso adequado para a projeção de todo o lado sombrio, tanto do homem como da mulher. Aqui penetra-se no reino de Hécate e Lilith e tantas outras deusas que apresentam aspecto sombrio, mas que pode no final nos trazer a iluminação. Talvez torne-se necessário para a mulher fazer um acordo com estas deusas, para que elas a presenteiem com a possibilidade de um enriquecimento de personalidade, permitindo a sua expressão de uma forma mais humanizada e não tão instintiva. Deste modo, as dimensões do instinto poderão ter uma via mais integrada, em que pode haver a participação de novas forças energéticas.
É observando e reconhecendo os movimentos da Lua no céu e integrando as suas três fases, que poderemos nos alinhar e sintonizar com o fluxo do tempo e com os ritmos naturais. Nos utilizando dos poderes mágicos da Lua e reverenciando as Deusas ligadas a ela, criaremos condições para melhorar e transformar nossa realidade, harmonizando-nos e vivendo de forma mais equilibrada, plena e feliz.




NÃO A GUERRA DOS SEXOS....
...SIM AO COMPANHEIRISMO!

Hoje, a maioria das religiões, concebem como única e suprema uma divindade que é masculina, entretanto, ao resgatarmos tradições mais antigas, aprendemos que anteriormente, tanto o homem quanto a mulher, cultuavam uma Grande Mãe. O resgate destas tradições nos levam a compreender que homens e mulheres nasceram para viver em parceria e que, nós mulheres, podemos honrar o espírito feminino, buscando o equilíbrio e a paz, para ambos os sexos.
As mulheres, nos últimos anos, desbancaram a bandeira de sexo frágil. Elas batalharam e conseguiram a independência, poder e reconhecimento. Em pé de igualdade com o homem, hoje tem como meta principal conciliar carreira, maternidade e encontrar um homem ideal. Os homens em contrapartida, não mudaram tanto assim, não acompanhando o ritmo veloz feminino. Em conseqüência disto, criou-se um abismo entre os dois sexos. Mas, felizmente, as mulheres jamais abandonaram o seu ideal romântico de encontrar um companheiro para caminhar lado a lado. Todas anseiam apaixonar-se e casar, mas não abrem mão da busca do sucesso profissional. Assim, alegam a maioria delas, se fracassarem na vida sentimental, terão o trabalho para satisfazê-las e ocupá-las. Devem então, ter muito cuidado para não investir tempo integral às suas carreiras, pois fatalmente, por total falta de tempo matarão sua vida afetiva.
O amor e a maternidade para a mulher é um fator mais do que biológico. Ir contra à sua natureza, fará com que a mulher deixe de usufruir de uma realização pessoal.
O homem também obteve alguns avanços e hoje, ele parece estar mais disponível e sensível. A cada dia vislumbra-se pais mais participantes, amantes mais amorosos e companheiros que dividem com a mulher as tarefas rotineiras da casa. Estamos entretanto ainda, em um momento de transição, onde os papéis masculinos e femininos não estão bem delineados. O homem, continua a não saber direito lidar com suas emoções em função de sua postura cultural e a mulher buscou e conquistou a independência, o reconhecimento e a igualdade. Mas bem no íntimo, ela continua romântica e deseja ser conquistada. No fundo, talvez não imaginasse que pudesse ir tão longe para depois sentir-se perdida. Com tantas conquistas, vieram também as armadilhas e ela acabou sobrecarregada, pendendo de um lado para o outro com a expansão das possibilidades.
Talvez, seja este o momento da mulher parar de provar que pode tudo e unir-se em companheirismo com o homem. Se realmente buscamos construir uma sociedade equilibrada e serena, todas as idéias egocêntricas de superioridade e culto à guerra sexista deve desaparecer entre os homens e mulheres, dando lugar a uma visão cósmica de complementariedade entre os sexos.
NA GUERRA DOS SEXOS QUE VENÇA O AMOR!

Bibliografia consultada:
  • O Casamento do Sol com a Lua. Raissa Cavalcanti. Editora Cultrix, São Paulo.
  • A Grande Mãe. Erich Neumann. Editora Cultrix, São Paulo.
  • As Deusas e a Mulher. Jean Shinoda Bolen. Editora Paulus, São Paulo.
  • Os Mistérios da Mulher. M. Esther Harding. Editora Paulus, São Paulo.
  • O Novo Despertar da Deusa. Organização Shirley Nicholson. Editora Rocco Ltda, Rio de Janeiro
  • Variações sobre o tema mulher. Jette Bonaventure. Editora Paulus, São Paulo.
Texto elaborado por:
Rosane Volpatto



MARIA MADALENA - A ESSÊNCIA DE TODA CUR


A ESSÊNCIA DE TODA CURA
Mensagem de Maria Madalena 
Canalizada por Pamela Kribbe


Queridos homens e mulheres, eu estou muito perto de vocês e vocês podem me sentir em seus corações. Fui chamada de Maria Madalena em uma de minhas vidas na Terra e vivi neste planeta com tristeza e alegria, com medo e coragem. Exatamente como vocês, vivenciei todas as emoções enquanto fazia minha jornada através da experiência humana.

Transcender todas as emoções humanas não é sinal de santidade. A característica de um santo é precisamente que ele reconhece e entende cada sulco na face de um ser humano. Ele tem uma compreensão tão profunda do caminho humano na Terra, que não há lugar para julgamento, apenas espaço, silêncio e entendimento profundo da outra pessoa.

Quando uma pessoa se sente tão perfeitamente compreendida por outro ser humano, seu fardo fica mais leve. O ser humano que consegue ver o outro desta forma, enxerga a essência da outra pessoa, aquela essência de infinita beleza e sabedoria.

Vocês são aqueles que desejam enxergar profundamente, sempre querendo ir mais fundo na essência, na Verdade; e esta é a sua grande força. Todos vocês estão no caminho daquele espaço ao qual me referi, oferecendo-o para si mesmos em primeiro lugar, e depois abrindo-o para outros, porque não precisam mais julgar, separar o bem do mal, a luz da escuridão.

O espaço do qual eu falo é o campo de energia Crística. Todos que carregam esta energia vieram para testemunhar este espaço. Mas como fazer isto? As palavras são sempre insuficientes… como é possível descrever esse espaço profundo, tranquilo e silencioso que não é vazio, mas repleto de sentimento? Faltam palavras.

Eu senti esse espaço vasto e quieto na presença de Jeshua, e isto me tocou profundamente. Eu me abri com a energia de sua presença, e então descobri aquele espaço dentro de mim e gradativamente comecei a habitá-lo e me sentir em casa lá. Com isto, pude distanciar-me cada vez mais das emoções humanas intensas que também me atormentavam: medo, horror, dor, raiva, ódio. É tão fácil perder-se nessas correntes emocionais internas!

Como ser humano, cada um de vocês tem a tarefa de criar este espaço dentro de si mesmo. Outra pessoa pode convidá-lo a fazer isto através da presença dela e segurando um espelho para você ver como isto pode acontecer, como você pode viver a partir desse espaço dentro de si mesmo.

E esta é essencialmente a tarefa ou propósito interior de um trabalhador da Luz: manter-se nesse espaço quando na presença de outros, em primeiro lugar e acima de tudo estando presente dentro se si mesmo.

Vamos praticar isto por um momento…

Sinta sua consciência ficando leve, suave e um pouco ondulante, sem forçar, mas mantendo-se muito aberto. Deixe que esse fluxo suave da sua consciência circule através de você; primeiro pela sua cabeça, onde leva embora a aspereza dos seus pensamentos de modo que eles se tornem gentis e amistosos.

Muitas vezes surge um algo de cortante nos seus pensamentos, que se origina da dor que você sente e acha que precisa reprimir ou à qual você pensa que precisa reagir ou se colocar na defensiva. Libere esta necessidade e permita a entrada daquele fluxo calmo e suave da sua verdadeira consciência. Deixe que ele flua pela sua garganta e ombros, pelo seu coração, plexo solar e abdome.

Você pode pensar nesse fluxo como um riacho ondulante que corre livremente. Ponha ênfase especial na área do seu abdome e sua pélvis e deixe a “água” fluir por aí, limpando tudo muito suavemente. Tudo o que é cortante é levado por essa correnteza.

Permita que essa energia se mova pelas suas coxas, joelhos e pernas. Veja como essa correnteza flui através dos seus pés, entre todos os dedos dos seus pés, entrando no solo, e como suas “raízes” são alimentadas pela Terra, alimentadas com força, nutrição e amparo. Sinta como a Terra, o solo sob seus pés, o sustenta. E volte para seu Lar dentro de si mesmo.

Sinta o quanto você gostaria de estender a aura ao seu redor. Sua aura, ou campo de energia, é uma extensão natural do seu ser físico. Até onde a sua alcança? O que você acha que deve ser um bom limite para ela? Sinta-se livre para deixá-la ampliar-se, pois não afetará negativamente ninguém com isto; na verdade, seu espaço também dá espaço para outros.

Sinta-se livre para vir descansar dentro de si.

Afunde-se mais no seu abdome e deixe que sua respiração o siga. Sinta como neste espaço você é amoroso e calmo, em paz consigo mesmo, e, ao mesmo tempo, possui limites muito claros, dos quais você tem uma percepção bem forte. Sua aura está em segurança com você, então deixe que ela ocupe o espaço que for conveniente para você, enquanto se sente calmo e aberto internamente.

A partir deste estado de consciência, eu o convido a observar como você lida com sua energia masculina e feminina na vida diária. Você tem a tendência a usá-las separadamente, ou de uma forma que elas não sustentem uma a outra.

A energia suave que acabo de descrever é o seu lado feminino. Ele está preocupado com os outros e pode ser empático, compreendendo o outro profundamente. Mas muitas vezes, quando você deseja usar esta energia na conexão com outra pessoa, você sai de si mesmo; você pula para fora da sua própria aura ou campo de energia, e fica perdido no da outra pessoa.

Veja se reconhece esta tendência em você e sinta o que lhe acontece energeticamente, quando faz isto. Sua energia se lança para fora e você perde a paz, o ancoramento na sua base, no seu abdome.

Falarei agora sobre a energia masculina. Há momentos em que conectar-se com outros é demais para você, impelindo-o a sair de si mesmo e abandonar sua base. Isto não é confortável e algo está fora de equilíbrio. Ao mesmo tempo, sua aura precisa ser fechada e você precisa voltar para o Lar dentro de si mesmo.

Mas parece que sua única opção é estabelecer sua energia masculina de uma forma firme, dura, quase como uma armadura ou um muro, a fim de impedir que ela escape. E devido a certas emoções alojadas no seu interior, como insatisfação, raiva e frustração, você ergue uma barreira defensiva.

Mas observe o que isto lhe causa, como você se sente internamente. Veja o que lhe acontece quando você faz isto, mas observe-o calmamente e com certa curiosidade: “O que isto provoca em mim? Uma sensação opressiva ou libertadora?” Infelizmente, a natureza de uma reação defensiva vai contra a fonte natural e calma no seu interior.

Este padrão se repete com muita frequência em você, trabalhador da Luz, que nasceu com uma sensibilidade naturalmente elevada e que se identifica facilmente com outras pessoas. Devido ao seu papel de pioneiro da consciência, você tende a dar demais de si mesmo, na esperança de que haja uma ressonância, um reconhecimento, uma sintonia com o outro.

Quando esta conexão não se realiza – o que acontece muitas vezes na sua vida – isto acarreta uma dor interna: desapontamento, frustração, raiva, ressentimento, ou solidão. Então, você geralmente leva sua energia masculina a se fechar, e isto é algo limitador e o faz sentir-se ainda mais só. Fazer isto não é uma forma de ampliar seu espaço – de estabelecer seus limites de um modo natural; pelo contrário, é fechar e afastar sua energia do seu espaço.

Eu o incentivo a usar sua energia masculina e feminina de um modo diferente. Você percebeu, há pouco, que é possível sentir-se totalmente em casa e ancorado dentro de si mesmo. Sinta isso de novo, descendo àquele espaço mais uma vez. É possível permanecer lá, mesmo enquanto interage com outros.

Isto quer dizer que você deixa de tentar ativamente mudar as coisas; você percebe sua necessidade de controle ou reconhecimento e não sai mais de si mesmo para tentar ganhar o direito de existir. Porque é isto que você quer conseguir com a necessidade excessiva de doar e se conectar com outros.

Você deseja ver seu direito de existir confirmado pela outra pessoa; deseja ver que ela quer que você seja como você é verdadeiramente.

É natural que uma criança tenha este desejo, mas um ser humano espiritualmente maduro cuida das necessidades e desejos da sua criança interior e realmente confirma e reconhece o direito dela existir – e faz isto muitas e muitas vezes, sempre que está aberto aos impulsos dela e consciente de suas necessidades enquanto interage com o mundo ao seu redor.

Agora se conecte conscientemente com seu campo de energia; esteja completamente presente dentro de si mesmo e sinta sua criança interior no seu abdome. Inspire suavemente e perceba como a luz preenche sua aura, seu espaço. Este é um espaço sagrado. Você tem a capacidade de observar e ver sua essência interior, sua própria beleza e sabedoria, seu próprio valor e amor.

Se você possui uma tarefa na vida, esta é a de ver, apreciar e aceitar sua própria força, a joia que você é. Isto desperta a consciência do Cristo em você, que por si só se irradia para os outros, e que não é algo que você tenha que conseguir através de esforço ou luta. Esta é precisamente a arte de tornar-se profundamente enraizado na sua própria base e permanecer no seu próprio ser.

Isto, inclusive, é literalmente a solução para os velhos traumas que você carrega dentro de si, pois você pode acalmar a carga emocional desses traumas ao encontrar o equilíbrio entre a energia masculina e a feminina.

A energia masculina traz você de volta para si mesmo, ajuda-o a se desobrigar e fazer distinção sempre que necessário.

A energia feminina é a sua bondade, sua capacidade de se conectar com outros, de entender, compreender.

Numa situação ideal, a energia masculina e a feminina trabalham juntas como uma só. O trauma sempre ocorre quando você se separa da sua base, porque quando você está fora de equilíbrio, afastado de si mesmo e fragmentado, a dor da rejeição – especialmente a rejeição emocional – pode afetá-lo tão profundamente, que você se sinta dilacerado pelos seus sentimentos.

Através da observação interior e terapia de regressão profunda, você pode chegar a conhecer muito sobre traumas passados, e isto geralmente é útil para adquirir maior percepção.

Mas a essência de toda a cura e autocura é o retorno a si mesmo, é acolher seu próprio eu e reconhecer seus limites, mantendo-se, ao mesmo tempo, gentil, calmo e aberto internamente. E, ao permanecer consigo mesmo, você é capaz de fazer muito pelos outros através do que você é e daquilo que você emana.

Permaneça silenciosamente consigo mesmo mais uns instantes.
Relaxe e ouse ser quem você é – você é belo!

A energia do Cristo desperta em você.
Sinta a presença do Cristo no seu espaço interior.

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http://stelalecocq.blogspot.com/2014/12/maria-madalena-essencia-de-toda-cura.html
© Pamela Kribbe www.jeshua.net
Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br - www.jeshua.net/por
Grata Vera!

LUZ!
STELA