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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Trate seus filhos como gostaria de ser tratado e você não irá errar


Por Valéria Amado
Trate os seus filhos como você gostaria de ser tratado. Apague seus medos, dê nome a essas emoções que eles não sabem expressar, dê a eles o seu tempo de presente, realize seus sonhos e faça com que eles sintam que são as pessoas mais valiosas do mundo.
É curioso como atualmente muitas mães e muitos pais veem a criança com um pouco de medo. Eles leem manuais de educação, procuram estar instruídos nas mais recentes teorias e buscam resposta para cada problema na internet ou com os amigos (que também são pais ou não), conhecidos como verdadeiros gurus em questões parentais. Estes pais se esquecem de ouvir algo muito mais valioso do que tudo isso: seu instinto natural.
O instinto de uma mãe ou a capacidade natural de um pai na hora de intuir as necessidades dos seus próprios filhos é, sem dúvida, a melhor estratégia para educá-los. Os filhos chegam ao mundo com uma bondade inata, por isso merecem ser tratados com respeito para salvaguardar esta nobreza do coração, atendendo com naturalidade e sem medo cada acontecimento que o dia a dia nos traz.

Os filhos devem ser tratados com afeto e sem medos

Existem mães e pais que têm medo de fracassar em seus papéis como progenitores. Eles pensam que pode ser uma tragédia não poder dar a eles a melhor festa de aniversário, não encontrar vagas para eles na melhor escola da cidade ou não poder comprar para eles a mesma roupa de marca que seus amiguinhos usam no colégio. Eles aspiram, de algum modo, oferecer aos seus filhos aquilo que eles próprios não tiveram.
É claro que cada um é livre para escolher como educar um filho, mas muitas vezes esquecemos como são as crianças e tudo o que acontece no seu interior. Nos obstinamos em pensar em tudo o que devemos oferecer a eles sem descobrir primeiro do que eles realmente precisam: nós mesmos.
  • Uma criança não é um adulto em miniatura, é uma pessoa que precisa entender o mundo através de você e com a sua ajuda.
  • Uma criança age sempre por necessidades e não por manipulação ou malícia como os adultos. Temos que ser intuitivos diante dessas demandas.
  • Uma criança deve, acima de tudo, ser tratada com afeto. Nossos filhos não precisam de roupas de marca ou jogos eletrônicos para brincarem sozinhos. Eles precisam do seu tempo, do seu exemplo, dos seus abraços de boa noite e da sua mão para segurar ao atravessar a rua.

A criação autorregulada: compreender e acompanhar

A criação autorregulada é nutrida diretamente com as teorias do apego formuladas pelo psiquiatra Wilhelm Reich. Atualmente elas voltaram a ser comentadas porque exaltam uma série de conceitos-chave mediante os quais é possível se conectar muito melhor com a infância, com seus tempos, com suas necessidades.
O interessante desta abordagem é que entende-se a autorregulação como sinônimo de vida, da necessidade de fazer contato pela primeira vez com a nossa própria complexidade pessoal para entender que a criança também tem suas próprias necessidades, seus próprios conflitos gerados, por vezes, por uma sociedade que não compreende a infância e nem a criança.

Mãe-e-filha

Chaves para uma criação autorregulada

A criação autorregulada nos diz que uma criança que foi tratada com respeito na sua infância e que também viu como seus pais respeitavam todos aqueles que os rodeavam será um adulto respeitoso.
Mas como podemos alcançar essa conquista? Como a criação autorregulada nos ensina a criar adultos felizes para o mundo?
  • Uma criança deve se sentir compreendida e acompanhada em todos os momentos. Se a frustração aparece, ela deixa de se sentir adaptada, integrada.
  • É preciso educar com um apego saudável baseado no amor e na proximidade. Desta forma, pouco a pouco essa criança se sentirá segura para dar seus próprios passos para alcançar a independência.
  • A voz de uma criança deve ser escutada em todos os momentos, porque elas também devem ser levados em conta quando riem e quando choram, quando exigem ou quando sugerem.
  • A criação autorregulada também nos fala do tempo, de não iniciar o aprendizado intelectual até a criança fazer 7 anos, para proporcionar uma infância de descobrimentos através de brincadeiras.
A interação com os ambientes em que a criança está inserida através dos cinco sentidos e das relações com seus iguais mediante a alegria também nos oferece um modo interessante de favorecer seu desenvolvimento psicossocial. No entanto, e seja qual for a abordagem que escolhermos para criar nossos filhos, não devemos nos esquecer de algo tão simples como tratá-los com essa fórmula mágica certeira e infalível: o amor.
TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA

http://www.asomadetodosafetos.com/2016/10/trate-seus-filhos-como-gostaria-de-ser-tratado-e-voce-nao-ira-errar.html

Menopausa, o portal da sábia!


Quando envelhecemos há dois caminhos a seguir: o da peruíce e o da feitiçaria. Para as peruas, o tempo é um inimigo cruel; para as feiticeiras, é um alido. (Rita Lee)
A vida é feita de ciclos, e cada mudança é motivo de comemoração. Festejamos nascimento, batismo, primeiros passos, formatura, casamento, gravidez e …de repente paramos de celebrar.
O silêncio e até mesmo uma espécie de vergonha se apossam de nós. Permitimos que nossas vidas mergulhem na sombra e na renúncia. Em vez de brindarmos a mais um movimento que nos aproxima da espiritualidade, em vez de nos preparemos e nos alegrarmos com a chegada deste momento, acatamos o tabu, consideramos a menopausa como doença, fim.
A menopausa é fim e começo. É o fim da fertilidade física. Os folículos acabaram, não há mais ovos. A produção hormonal do ovário faliu. O sangue para de descer, mas a energia começa a subir em direção ao infinito. É o começo da fertilidade cósmica, da vida regida para além dos ciclos mensais, da lua e das marés. As energias que antes eram direcionadas para atrair um companheiro e gerar crianças ficam disponíveis para a exploração interior, o serviço à humanidade, a união com o divino. A espiritualidade é um aspecto natural dessa fase, o coração e alma passam a ser atraidos pelo amor incondicional. É uma espcecie de nascimento no campo do espírito, o que merece celebração. Agora a mulher é muito mais que uma fêmea em seu explendor. Tem a chance de se libertar das expectativas e exigências alheias, de experimentar sua autentica identidade. Aprendeu a dizer não e pode, corajosamente, livrar-se de tudo que já saturou, que já não cabe mais.
Tanto os antigos ensinamentos do Ayurveda como os modernos recursos da medicina permitem à mulher madura a manutenção de um corpo jovem, feminino e saudával. Ainda assim ela deve se desapegar da tradicional definição de sexualidade. Os papeis triviais de sedutora e reprodutora, ficaram estreitos,  inadequados.
A educação separa e enfia meninos e meninas, desde muito pequenos em fôrmas sexuais adequadas às exigências de cada época. Este condicinamento de gêneros faz com que as pessoas passem boa parte de suas vidas desempenhando um “papel de mulher” ou “papel de homem”, mais do que sendo simplesmente, mais do que se expressando em termos pessoais, originais.
Acontece que viver só um aspecto da dualidade é viver pela metade.
Mulher e homem tem hormônios femininos e masculinos atuando em seus organismos, assim como tem aspectos psicologicos dos dois sexos. É o que o revolucionário Carl Gustav Jung (1875-1961) definiu como anima (o lado feminino do homem) e animus (o lado masculino da mulher).
A mulher que assume estimula e usa seu aspecto masculino está mais capacitada a realizar suas aspirações fora do lar, como está mais capacitada a conviver melhor com o sexo oposto e aceitá-lo.
Com o declínio dos hormônios femininos a partir da menopausa, a ação dos hormônios masculinos é potencializada no corpo da mulher. Boa oportunidade para ela conhecer e amar seu homem interno, para fortalecer a deteminação, a ação. Quando a mulher vai ao encontro da sua essência mais profunda, naturalmente ela ativa seu animus, a anergia vigorosa, fundamental para perseguir os grandes objetivos.
Texto extraído do livro “ A idade do poder” – Márcia de Luca

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Menarca - Conversando com o Útero




“Quando uma menina chega à adolescência tem o útero tão rígido e contraído, que até a mínima abertura do cérvix para a menstruação lhe produz dores fortes. Mas sabemos de jovens que tinham períodos muito dolorosos e que deixaram de os ter depois de adquirir consciência do seu útero, visualizando-o, sentindo-o e relaxando-o.

Tomar consciência, visualizar, sentir e relaxar o útero pode alcançar melhores e mais satisfatórios resultados do que qualquer medicamento.
Para recuperar a sensibilidade uterina a primeira coisa a fazer é explicar às nossas filhas desde pequenas que têm um útero, para que serve e como funciona. Explicar-lhes que quando se enchem de emoção e de amor, o seu útero palpita de prazer. Temos que recuperar com elas as verdadeiras danças do ventre, para que quando cheguem à adolescência não tenham períodos dolorosos, e em vez disso se sintam nesse estado especial de bem estar.

Recuperemos a transmissão por via oral da verdadeira sabedoria, de uma sabedoria feita de experiência, cumplicidade e empatia visceral; ou seja uma sabedoria gaiática, que se comunica por baixo, à margem das relações de autoridade, que flui com a sinfonia da vida, que se derrama com o desejo, que sabe sem saber que sabe praticamente tudo acerca da condição feminina escondida no reino de Hades e reconhecem o que é bom e o que é mau para a vida humana.
As mulheres temos muitas coisas para nos contar. De mulher para mulher, de mulher para menina, de mãe para filha, de ventre para ventre.”
Casilda Rodrigañez“Quando uma menina chega à adolescência tem o útero tão rígido e contraído, que até a mínima abertura do cérvix para a menstruação lhe produz dores fortes. Mas sabemos de jovens que tinham períodos muito dolorosos e que deixaram de os ter depois de adquirir consciência do seu útero, visualizando-o, sentindo-o e relaxando-o.
Tomar consciência, visualizar, sentir e relaxar o útero pode alcançar melhores e mais satisfatórios resultados do que qualquer medicamento.

Para recuperar a sensibilidade uterina a primeira coisa a fazer é explicar às nossas filhas desde pequenas que têm um útero, para que serve e como funciona. Explicar-lhes que quando se enchem de emoção e de amor, o seu útero palpita de prazer. Temos que recuperar com elas as verdadeiras danças do ventre, para que quando cheguem à adolescência não tenham períodos dolorosos, e em vez disso se sintam nesse estado especial de bem estar.




Recuperemos a transmissão por via oral da verdadeira sabedoria, de uma sabedoria feita de experiência, cumplicidade e empatia visceral; ou seja uma sabedoria gaiática, que se comunica por baixo, à margem das relações de autoridade, que flui com a sinfonia da vida, que se derrama com o desejo, que sabe sem saber que sabe praticamente tudo acerca da condição feminina escondida no reino de Hades e reconhecem o que é bom e o que é mau para a vida humana.

As mulheres temos muitas coisas para nos contar. De mulher para mulher, de mulher para menina, de mãe para filha, de ventre para ventre.”
Casilda Rodrigañez