Pesquisa

segunda-feira, 19 de março de 2012

Danças Circulares


A dança e o canto são as mais antigas formas de expresssão do homem, que movido por um poder transcendente tenta formular suas experiências e compreensão da Vida utilizando seu próprio corpo como instrumento.


Por toda a história os seres humanos sempre dançaram e cantaram. A dança simbolizava a comunhão entre os membros da comunidade e celebrava momentos especiais de suas vidas: as mudanças de estações, o plantio, a colheita, a alegria, a tristeza, o medo, o amor, o poder da morte, o reaparecimento da nova vida.


Dançar é movimentar o corpo de forma ritmada, é conquistar harmoniosa e musicalmente o espaço. Os gestos transmitem e atraem poder, liberam e transformam energia, influenciam psicologicamente os indivíduos e os mantém em contato constante com o seu Centro.


As danças circulares resistem ao tempo por sua força de manifestação de vida. Dançar na roda é redescobrir e celebrar nossa unidade primordial. De mãos dadas, movimento, canto e respiração ritmados equilibram a energia grupal.


Dançar é deixar-se tocar pela totalidade das quatro esferas da existência: física, emocional, mental e transcendente. É conectar-se com uma imensa alegria e cura profunda, para o próprio ser e todas suas relações.

O trabalho com as danças segue diversos caminhos:


Danças da Paz Universal

Pesquisadas pelo americano Samuel Lewis. Coreografias associadas a palavras sagradas e cantos de várias tradições: sufismo, cristianismo, zoroastrismo, budismo, hinduísmo, judaísmo, nativos americanos. Em destaque as vivências da Oração Cósmica - O Pai Nosso em Aramaico e as Danças da Mandala de Tara.


Danças Sagradas e Meditativas

Pesquisadas pelos alemães Bernard e Maria-Gabrielle Wosien, a partir das rodas antigas tradicionais de diversos povos de todo o planeta e implantadas na Comunidade de Findhorn, Escócia.
Danças Brasileiras

Pesquisa e resgate de danças étnicas e folclóricas, feitos por um grande número de estudiosos/dançarinos.


Danças das Plantas Curativas e dos Florais de Bach

Pesquisadas pela letoniana Anastasia Geng. A partir da percepção/conexão com as energias do Reino Vegetal, constitui-se num trabalho de integração e auto-cura.


Danças Circulares dos nossos tempos

Coreografias inspiradas por diversos pesquisadores/dançarinos como Gabrielle Wosien, Friedel Kloke-Eibl, Laura Shannon, Mandy de Winter, Peter Vallance, Ray Price, Gwyn Peterdy, Pablo Scornik, Dagmar Hahn, entre outros também importantes.

http://www.simplicidade.net.br/marge/dancas.html

domingo, 18 de março de 2012

Nada Te Turbe - Lindooo!!!



Nada te turbe, nada te espante:


Nada te perturbe; nada te espante;


Quien a Dios tiene nada le falta.


Quem tem a Deus nada lhe falta


Nada te turbe, nada te espante:


Nada te perturbe;nada te espante;


Sólo Dios basta.


Apenas Deus basta


2ª voz


Todo se pasa, Dios no se muda,


tudo passa; Deus não muda,


La paciencia todo lo alcanza.


A paciência tudo consegue.


Quem a Deus tem,


nada lhe falta.


Só Deus é suficiente.


clic aqui para ouvir e salvar Permanea%20em%20Silncio.mp3
Linda mensagem com o fundo musical "Nada Te Turbe" de Santa Teresa de Ávila (1515-1582) , interpretação: Calenda Maia.



Nada te perturbe; nada te espante
Maria Elisete Shalom...

Eu te compreendo...


Eu te compreendo...


Eu sei das tuas tensões, dos teus vazios e da tua inquietude. Eu sei da luta que tens travado à procura de Paz. Sei também das tuas dificuldades para alcançá-la. Sei das tuas quedas, dos teus propósitos não cumpridos, das tuas vacilações e dos teus desânimos.

Eu te compreendo... Imagino o quanto tens tentado para resolver as tuas preocupações profissionais, familiares, afetivas, financeiras e sociais. Imagino que o mundo, de vez em quando, parece-te um grande peso que te sentes obrigado a carregar. E tantas vezes, sem medir esforços.

Eu conheço as tuas dúvidas, as dúvidas da natureza humana. Percebo como te sentes pequeno quando teus sonhos acalentados vão por terra, quando tuas expectativas não são correspondidas. E essas inseguranças com o amanhã? E aquela inquietação atroz em não saberes se amanhã as pessoas que hoje te rodeiam ainda estarão contigo? De não saberes se reconhecerão o teu trabalho, se reconhecerão o teu esforço. E, por tudo isto, sofres, e te sentes como um barco sozinho num mar imenso e agitado.

E não ignoro que, muitas vezes, sentes uma profunda carência de amor. Quantas vezes pensastes em resolver definitivamente os teus conflitos no trabalho ou em casa. E nem sempre encontraste a receptividade esperada ou não tiveste força para encaminhar a tua proposta. Eu sei o quanto te dói os teus limites humanos; e o quanto às vezes te parece difícil uma harmonia íntima. E não poucas vezes, a descrença toma conta do teu coração.

Eu te compreendo... Compreendo até tuas mágoas, a tristeza pelo que te fizeram, a tristeza pela incompreensão que te dispensaram, pelas ingratidões, pelas ofensas, pelas palavras rudes que recebeste. Compreendo até as tuas saudades e lembranças. Saudade daqueles que se afastaram de ti, saudade dos teus tempos felizes, saudade daquilo que não volta nunca mais... E os teus medos? Medo de perderes o que possuis; medo de não seres bom para aqueles que te cercam; medo de não agradares devidamente às pessoas, medo de não dares conta; medo de que eles descubram o teu íntimo; medo de que alguém descubra as tuas verdades e as tuas mentiras; medo de não conseguires realizar o que planejaste; medo de expressares os teus sentimentos, medo de que te interpretem mal.

Eu compreendo esses e todos os outros medos que tens dentro de ti. Sou capaz de entender também os teus remorsos, as faltas que cometeste; o sentimento de culpa pelos pequenos ou grandes erros que praticaste na tua vida. E sei que, por causa de tudo isso; às vezes te encontras num profundo sentimento de solidão. É quando as coisas perdem a cor, perdem o gosto e te vês envolto numa fina camada de indiferença pela vida. Refiro-me àquela tua sensação de isolamento, como se o mundo inteiro fosse indiferente às tuas necessidades e ao teu cansaço. E nesse estado, és envolvido pelo tédio e cada ação ou obrigação exige de ti um grande esforço. Sei até das tuas sensações de estares acorrentado, preso; preso às normas, aos padrões estabelecidos, às rotineiras obrigações: "Eu gostaria de... mas eu tenho que trabalhar, tenho que ajudar, tenho que cuidar de, tenho que resolver, tenho que!...". Eu te compreendo... Compreendo os teus sacrifícios.

E a quantas coisas tens renunciado, de quantos anseios tens aberto mão!... E sempre acham que é pouco... Pouca coisa tem feito por ti e tua vida, quase toda ela, tem sido afinal dedicada a satisfazer outras pessoas. Sei do teu esforço em ajudar as outras pessoas e sei que isso é a semente de tuas decepções. Sei que, nas tuas horas mais amargas, até a revolta aflora em teu coração. Revolta com a injustiça do mundo, revolta com a fome, as guerras, a competição entre os homens, com a loucura dos que detêm o poder, com a falsidade de muitos, com a repressão social e com a desonestidade. Por tudo isso, carrega um grau excessivo de tensões, de angústia e de ansiedade. Sonhas com uma vida melhor, mais calma, mais significativa. Sei também que tens belos planos para o amanhã. Sei que queres apenas um pouco de segurança, seja financeira ou emocional, e sei que lutas por ela.

Mas, mesmo assim, tuas tensões continuam presentes. E tu percebes estas tensões nas tuas insônias ou no sono excessivo, na ausência de fome ou na fome excessiva, na ausência de desejo para o sexo ou no desejo sexual excessivo. O fato é que carregas e acumulas tensões sobre tensões: tensões no trabalho, nas exigências e autoritarismos de alguns, nas condições inadequadas de salário e na inexistência de motivação, nos ambientes tóxicos das empresas, na inveja dos colegas, no que dizem por trás. Tensões na família, nas dependências devoradoras dos que habitam a mesma casa; nos conflitos e brigas constantes, onde todos querem ter razão; no desrespeito à tua individualidade, no controle e cobrança das tuas ações. Eu te compreendo, e te compreendo mesmo. E apesar de compreender-te totalmente, quero dizer-te algo muito importante. Escuta agora com o coração o que te vou dizer:

Eu te compreendo, mas não te apoio! Tu és o único responsável por todos estes sentimentos. A vida te foi dada de graça e existem em ti remédios para todos os teus males. Se, no entanto, preferes a autocomiseração ao invés de mobilizares as tuas energias interiores, então nada posso te oferecer. Se tu preferes sonhar com um mundo perfeito, ao invés de te defrontares com os limites de um mundo falho e humano, nada posso te oferecer.

Se tu preferes lamentar o teu passado e encontrar nele desculpas para a tua falta de vontade de crescer; se optastes por tentar controlar o futuro, o que jamais controlarás com todas as suas incertezas; se resolveste responsabilizar as pessoas que te rodeiam pela tua incompetência em tratar com os aspectos negativos delas, em nada posso te ajudar. Se tu trocaste o auto-apoio pelo apoio e reconhecimento do teu ambiente, então nada posso te oferecer. Se tu queres ter razão em tudo que pensas; se queres obter piedade pelo que sentes; se queres a aprovação integral em tudo que fazes; se escolhestes abrir mão de tua própria vida, em nome do falso amor, para comprares o reconhecimento dos outros, através de renúncias e sacrifícios, nada posso te oferecer. Se tu entendeste mal a regra máxima "Amar ao próximo como a ti mesmo", esquecendo-te de amar a ti mesmo, em nada posso te ajudar.

Se não tens um mínimo de coragem para estar com teus próprios sentimentos, sejam agradáveis ou dolorosos; se não tens um mínimo de humildade para te perdoares pelas tuas imperfeições; se desejas impressionar os outros e angariar a simpatia para teus sofrimentos; se não sabes pedir ajuda e aprender com os que sabem mais do que tu; se preferes sonhar, ao invés de viver, ignorando que a vida é feita de altos e baixos, nada posso te oferecer. Se tu achas que pelo teu desespero as coisas acontecerão magicamente; se usas a imperfeição do mundo para justificar as tuas próprias imperfeições; se queres ser onipotente, quando de fato és simplesmente humano; se preferes proteção à tua própria liberdade; se interiorizaste em ti desejos torturadores; se deixaste imprimirem-se em tua mente venenosas ordens de: "Apressa-te!", "Não erres nunca!", "Agrade sempre!"; se escolheste atender às expectativas de todas as pessoas; se és incapaz de dar um não quando necessário, em nada posso te ajudar. Se tu pensas ser possível controlar o que os outros pensam de ti; se tu pensas ser possível controlar o que os outros sentem a teu respeito; se tu pensas ser possível controlar o que os outros fazem; se queres acreditar que existe segurança fora de ti, repito:

Eu te compreendo, mas, em nome do verdadeiro Amor, jamais poderia apoiar-te! Se recusas buscar no âmago do teu ser respostas para os teus descaminhos, se dás pouca importância a teus sussurros interiores; se esqueceste a unidade intrínseca dos opostos em nossa vida terrena; se preferes o fácil e abandonastes a paciência para o Caminho; se fechaste teus ouvidos ao chamado de retorno; se perdeste a confiança a ponto de não poderes entregar tua vida à vontade onipotente de Deus; se não quiseste ver a Luz que vem do Leste; se não consegues encontrar no íntimo das coisas aquele ponto seguro de equilíbrio no meio de todas as tormentas e vicissitudes; se não aceitas a tua vocação de Viajante com todos os imprevistos e acidentes da Jornada; se não queres usar o tempo, o erro, a queda e a morte como teus aliados de crescimento, realmente nada posso fazer por ti.

Se aspiras obter proteção quando o que precisas é Liberdade; se não descobriste que a verdadeira Liberdade e a autêntica Segurança são interiores; se não sabes transformar a frase "Eu tenho que..." na frase "Eu quero!"; se queres que o fantasma do passado continue a fechar teus olhos para a infinidade do teu aqui e agora; se queres deixar que o fantasma do futuro te coloque em posição de luta com o que ainda não aconteceu e, provavelmente, não chegará a acontecer; se optaste por tratar a ti mesmo como a um inimigo; se te falta capacidade para ver a ti mesmo como alguém que merece da tua própria parte os maiores cuidados e a maior ternura; se não te tratas como sendo a semente do próprio Deus; se desejas usar teus belos planos de mudar, de crescer, de realizar, como instrumentos de auto-tortura; se achas que é amor o apego que cultivas pelos teus parentes e amigos; se queres ignorar, em nome da seriedade e da responsabilidade, a criança brincalhona que habita em ti; se alimentas a vergonha de te enternecer diante de uma flor ou de um por de sol; se através da lamentação recusas a vida como dádiva e como graça, não posso te apoiar.

Mas, se apesar de todo o sono, queres despertar; se apesar de todo o cansaço, queres caminhar; se apesar de todo o medo, queres tentar; se apesar de toda acomodação e descrença, queres mudar, aceita então esta proposta para a tua Felicidade: A raiz de todas as tuas dificuldades são teus pensamentos negativos. São eles que te levam para as dores das lembranças do passado e para a inquietação do futuro. São esses pensamentos que te afastam da experiência de contato com teu próprio corpo, com o teu presente, com o teu aqui e agora e, portanto, distanciando-te de teu próprio coração. Tens presentes agora as tuas emoções? Tens presente agora o fluxo da tua respiração? Tens presente agora a batida do teu coração? Tens agora a consciência do teu próprio corpo? Este é o passo primordial. Teu corpo é concreto, real, presente, e é nele que o sofrimento deságua e é a partir dele que se inicia a caminhada para a Alegria.

Somente através dele se encaminha o retorno à Paz. Jamais resolverás os teus problemas somente pensando neles. Começa do mais próximo, começa pelo corpo. Através dele chegarás ao teu centro, ao teu vazio, àquele lugar onde a semente germina. Através da consciência corporal, galgarás caminhos jamais vistos, entrarás em contato com os teus sentimentos, perceberás o mundo tal como é e agirás de acordo com a naturalidade da vida. Assume o teu corpo e os teus sentimentos, por mais dolorosos que sejam; assume e observa-os, simplesmente observa-os. Não tentes mudar nada, sê apenas a tua dor. Presta atenção, não negues a tua dor. Para que fingir estar alegre se estás triste? Para que fingir coragem se estás com medo? Para que fingir amor se estás com ódio? Para que fingir paz se estás angustiado? Não lutes contra teus sentimentos, fica do teu próprio lado, deixa a dor acontecer, como deixas acontecer os bons momentos. Pára, deixa que as coisas sejam exatamente como são.

Entra nos teus sentimentos sem os julgar, não fujas deles, não os evites, não queira resolvê-los escapando deles - depois terás de te encontrar com eles novamente, é apenas um adiamento, uma prorrogação. Torna-te presente, por mais que te doa. E, se assim fizeres, algo de muito belo acontecerá! Assim como a noite veio, ela também se irá e então testemunharás o nascer do dia, pois à noite o sol escurece até a meia-noite e, a partir daí, começa um novo dia.

Se assim fizeres, sentirás brotar de dentro de ti uma força que desconhecias e te sentirás renovado na esperança e a vida entrando em ti. Se assim fizeres, entenderás com o coração que a semente morre mesmo, totalmente, antes de germinar e que a morte antecede a vida. E, se assim fizeres, poderei dizer-te então que: Eu te Compreendo e que, assim, tens todo o meu apoio! E verás com muita alegria que, justamente agora, já não precisas mais do meu apoio, pois o foste buscar dentro de ti e o encontraste dentro da tua própria dor! A CAUSA É INTERIOR.

O homem traz a semente de sua vida dentro de si mesmo. O que quer que lhe aconteça, acontece por sua própria causa. As causas externas são secundárias; as causas internas são as principais. Existe a possibilidade de uma transformação... E que só você pode conseguir, basta querer...


Este texto não é nenhuma corrente, mas se lá no fundo de seu coração não houve qualquer sentimento que o conduza a pensar em compreender melhor tudo e todos, desculpe-me, tu deves ter lido de forma equivocada. Refaça a leitura, porque o produto que o texto pretende atingir será benéfico para teu coração...


Carlos Henrique Mascarenhas Pires

segunda-feira, 12 de março de 2012

Mantra da Paz



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Passo a passo quero paz ..
Maria Elisete Shalom...

Música e Espiritualidade

“A música é um sentimento nobre que eleva o ser

aos céus de suas próprias emoções”




A palavra música vem do grego “mousiqê”, que significa “arte das musas”. Englobava a poesia, a dança, o canto, a declamação e a matemática.

A música sempre esteve presente nos sons harmoniosos pelo Universo, que, através de seus co-criadores, emocionavam pelo encantamento e profundidade dos timbres e tons através dos tempos.
O monge Hucbalbo, autor do tratado De Harmônica Institutione, estabeleceu a pauta de quatro linhas. Começava-se então a inventar formas de notação musical. Em seguida, o italiano Guido D’Aresso atribuiu às notas seus nomes, tirados das sílabas iniciais de um hino a São João Batista: UT queant laxis (no século XVII o UT passou a ser DO, em homenagem a João Batista Doni), REssomare fibris, MIra gestorum, FAmuli tuorum, SOLve polluti, LAbii reatum e Sancte Ioannes. Daí o surgimento da escala musical conhecida até hoje no Ocidente: do, re, mi, fa, sol, la e si.



O médium e a música

A arte nos aproxima dos encantos que colorem e perfumam os jardins da compreensão. Precisamos perceber o quanto é importante a música elevada em nossos corações. Através dos ventos da melodia, somos direcionados para esferas cada vez mais altas que se somam pela harmonia, que nos inspira a harmonia de novos sentimentos, de novos pensamentos, de ações cada vez mais corretas, ao ritmo que mantém em ordem o tempo do caminhar durante séculos em busca do homem novo que existe em cada um de nós e que vive em sorrisos, esperando-nos por este encontro de paz em paz.
No livro O Consolador, Emmanuel relata que o artista verdadeiro é sempre o médium das belezas eternas e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas mais vibráveis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o infinito e abrindo, em todos os caminhos, a ânsia dos corações para Deus nas suas manifestações supremas de beleza, de sabedoria, de paz e de amor.
Em O Espiritismo na Arte, de Léon Denis, podemos perceber o elo existente entre a música e a mediunidade: “Os grandes músicos terrestres podem, como os outros artistas, receber a inspiração, seja do espaço, seja como resultante de trabalhos anteriores. Trata-se exatamente do mesmo fenômeno que se produz com os outros artistas”.
A música é uma impressão especial que invade todo o nosso ser fluídico, mergulha-o no êxtase e na beatitude, fazendo com que ele experimente sensações de júbilo, de quietude, de alegria etc. Já no capítulo “A Música Terrestre”, Léon Denis diz: “O canto e a música, em sua íntima união, podem produzir a mais alta impressão. Quando ela é sustentada por nobres palavras, a harmonia musical pode elevar as almas às regiões celestes. É o que se realiza com a música religiosa, com o canto sacro”.
Com tais afirmações tem-se a possibilidade de compreender a importância dos grupos, corais e músicos solistas espíritas que contribuem através do canto, da canção elevada, buscando entre as criaturas a divulgação das verdades do Evangelho segundo o Espiritismo. São músicas que nos fazem refletir e, por que não dizer, canções que elucidam os espíritos sobre os vários temas já abordados tantas vezes pela oratória e pela literatura.
A música nos aparece como mais uma opção de luz para a compreensão das questões evolutivas do ser, através da harmonização interna e externa que se movimenta, dando condições para abrirmos campo tanto para receber como para o momento divino da doação. Podemos assim perceber a importância da música não só na doutrina espírita, como também, a importância em outros segmentos e desses valiosos trabalhadores que atuam com muito amor dentro das doutrinas espiritualistas.
A música já foi comprovada cientificamente como fonte de cura mental, corporal e espiritual, estendendo-se para vários pontos do mundo, onde é conhecida como “musicoterapia”. Técnicas como Nível Aumentativo, Nível Intensivo, Nível Auxiliar, entre outras, são de suma importância para o reequilíbrio da criatura (se a mesma fizer sua parte para tal equilíbrio).



Hoje já existem muitas obras importantes onde podemos buscar o estudo detalhado, que abordam este assunto de maneira clara e objetiva, obtendo assim, mais informações sobre os demais processos e estudos destas técnicas. Um exemplo é o livro Definindo Musicoterapia, de Kenneth E. Bruscia.





Música é sentimento!

A música se apresenta como um sublime sentimento que muitos ainda não buscaram ter ouvidos para ouvir, olhos para ver e mãos para tocar, como quem toca as estrelas no céu. Devemos compreender que as canções da vida, na voz da natureza, ecoam em nós a cada instante, através da sinfonia dos ventos, do canto dos pássaros, do findar e recomeçar das ondas, do canto da chuva composto e regido pelo único maestro do Universo.
Cantemos e encantemos nossos mundos, unindo-os num só mundo, num só coração, onde ecoa o canto da paz por toda parte.
Autor – Celso Santos





Maria Elisete Shalom...

domingo, 11 de março de 2012

DANÇAS CIRCULARES (E) SAGRADAS

DANÇAS CIRCULARES (E) SAGRADAS

Por que a Roda?

A primeira formação que o ser humano adotou no desenvolvimento da vida grupal e social foi a roda. Culturas antigas e culturas ligadas à terra perceberam a especialidade da forma circular para o estar e fazer junto.
Nela passaram a representar os ciclos da natureza: o rítmo das estações, o tempo dos cultivos (semeadura, crescimento, maturação e colheita); o pulsar dos movimentos do sol; da lua; das estrelas e dos planetas no céu; o ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos; a vida e a morte.

 


Roda de Addaura – 8000 a C


Adotaram-na em seus rituais de passagem (nascimento, iniciação à maioridade, união matrimonial, morte), em celebrações, ocasiões de reverência, temor, louvor, gratidão e oração à terra e à(s) divindades(s).
O círculo é uma forma geométrica especial, por simbolizar a perfeição e a plenitude que o ser humano busca atingir. Na circunferência há “n” pontos que distam igualmente do ponto central. Todos os pontos – ou todas as pessoas que neles se encontram voltadas para o centro – têm a visão de todos os demais da roda e todos são igualmente importantes na composição final que é o círculo. Este contém o vazio, que ao mesmo tempo em que garante a distância entre as pessoas, é o vazio através do qual elas estão unidas e de onde pode emergir a criação feita por todos. Apenas compor a circunferência da roda já constitui uma criação, num espaço diferenciado e, possivelmente, sagrado.
A palavra hebraica “shalom”, que significa paz, contém a mesma raiz que compõe a palavra “shalem” e “shelmut”, que significam estar completo, inteiro, em unidade e em paz.
O círculo representa a aspiração humana a essa paz completa. Estar em unidade, ser um e inteiro consigo e com o criador, estar no divino, em Deus.
Religião e ciência nos falam da separação do homem do seu estado de unidade, seja através da queda do paraíso, seja ao nascer, por ocasião da saída do aconchegante útero materno nutridor e todo poderoso.


Dança do Salgueiro – 1634

O homem trilha sua vida aspirando retornar ao estado de plenitude total. Uns se apóiam na religião para se re-ligar, outros esperam que o parceiro lhes traga este aconchego e suprimento através do amor, do ato sexual, ou de ambos; há os que se utilizam das drogas, outros que ficam em ação e trabalho compulsivo para nunca sentir o estado de falta. Muitos vivem a combinação de vários recursos para acreditar que são plenos, ou chegar o mais próximo deste estado. Deseja-se estar num tempo/espaço/vivência com a unidade permanente.
Por sua vez as Danças Circulares também brotam dessa aspiração humana de sair da separatividade e da falta e unir Céu ( inspirador, mágico, espiritual, divino) e Terra ( humano, material, terreno) em seu ser, no seu centro, em seu coração, de forma prática e palpável, dançando.
As Danças Circulares resgatam a inspiração do homem primitivo em sentir a energia criadora da vida dentro de si, deixando brotar o movimento, rítmo, som, música, dança, e fazê-lo em círculo, em interação com os outros membros da tribo; ao mesmo tempo dão continuidade a um fio que jamais cessou de existir na história da humanidade: dançar e interagir grupalmente.
Uma forma de resgate, continuidade e criação desse tipo de vivência teve início por volta da década de 60, por via de duas iniciativas em continentes distintos, dando origem, por um lado, ao que se passou a chamar Danças Circulares Sagradas e, por outro, Danças da Paz Universal.

Danças Circulares Sagradas

O movimento denominado Danças Circulares Sagradas nasceu a partir de um bailarino e coreógrafo que viveu na Alemanha, Bernhard Wosien, que na década de 50 se propôs a pesquisar e vivenciar antigas rodas da Europa Oriental. Encontrou ali raízes antigas da arte de re-ligar o ser humano, a “meditação através da dança, como um caminho para dentro do silêncio”.


Bernhard Wosien

Em meados da década de 70 ele foi convidado pela então jovem comunidade escocesa de Findhorn, para compartilhar as danças de roda que vivenciou e as danças que coreografou voltadas para o mesmo fim: re-ligar,meditar e transformar, em ação grupal.
Findhorn, uma comunidade alternativa conhecida na década de 60 pelos “repolhos gigantes” hoje é uma Fundação, em forma de vilarejo, localizada nas proximidades do Mar do Norte – Escócia, com extenso programa de cursos voltados para o desenvolvimento humano. Ali vivem pessoas de todos os continentes, reunidas em uma experiência ímpar de amorosa convivência e de interesse comum pelo estabelecimento de valores mais humanos na vida pessoal e coletiva.
Atualmente, as Danças Circulares Sagradas constituem parte integrante da vida comunitária do lugar, praticamente sendo incluídas em todos os programas de cursos oferecidos ao longo do ano.
Tendo como forma base o círculo e o fazer em conjunto, as danças foram rapidamente abraçadas pela meta comunitária voltada para “One Earht” Dali se difundiram pelo mundo, num processo que envolve resgate e criação contínua do espaço sagrado, espaço/tempo diferenciado, que proporciona ao ser humano condições para recordar o estado de unidade, vivenciando-o em seu próprio corpo, em movimento, com música, com arte, na sintonia grupal.
Um espectro de danças derivou a partir daí, disponíveis para quem quiser entrar na roda: danças tradicionais reavivadas em sua forma original, danças que captam a essência de movimentos típicos de determinada cultura e os trazem de forma simplificada e acessível a quem quiser se juntar, danças de caráter meditativo ou lúdico coreografadas para músicas diversas - eruditas ou folclóricas; danças-oração que associam gestos simples a cantos religiosos; danças cujas coreografias têm como fonte de inspiração as árvores e flores e que propiciam a vivência corporal das qualidades associadas às plantas
(incluem aqui danças que fazem referência às essências florais).
Esse tipo de dança é geralmente acompanhada de música gravada e para tanto a disponibilidade de um aparelho de som se faz necessária. Mas, ocasionalmente, podemos contar com uma pequena banda para tocar ao vivo, o que faz uma diferença muito positiva.


Roda de Danças Circulares na comunidade de Findhorn

Danças da Paz Universal

Na mesma época em que se desenvolvia esse trabalho com as Danças Circulares Sagradas na Europa, na América do Norte, um mestre sufi - Murshid Samuel Lewis - plantava as bases para o que mais tarde se denominaria “Danças da Paz Universal”. Ele acreditava que “a verdadeira religião deve ser prática e expressar a profunda unidade que se encontra por trás de todas as tradições”.
Com o mestre sufi Azrat Inayat Khan, que trouxe o movimento sufi para o Ocidente, Lewis (ou sufi Sam, como era conhecido) aprendeu que a mensagem espiritual podia ser difundida não apenas pelas palavras, mas também através da música e do som.




Samuel Lewis

De Ruth Saint Denis, sua professora de dança sagrada e precursora da Dança Moderna (com quem estudaram Martha Graham e Doris Humphrey), Lewis captou o impulso para criar uma forma de dança sagrada que pudesse ser compartilhada em grupos e que não fosse performática. A respeito de Ruth Saint Denis, Lewis dizia: “ela possui a faculdade de trazer música e dança diretamente do cosmos, do coração de Deus”.
Unindo práticas de diversas ordens sufis; os ensinamentos de Azrat Inayat Khan com o ideal de fraternidade entre os homens e aproximação das tradições religiosas, e a dança espiritual de Ruth Saint Denis, Lewis criou os fundamentos das Danças da Paz Universal.
O contexto era de um mundo que vivia as tensões da Guerra Fria, em que a juventude expressava sua rebeldia às formas de comportamento e ao sistema político, enquanto começava a projetar suas esperanças e idéias para a virada do milênio.
Foi entre os jovens hippies que sufi Sam agregou os primeiros seguidores de suas práticas, mas sempre deixou claro que a prática espiritual - dançar, caminhar, meditar e cantar - não deveriam ser usadas como mais uma forma de droga que brecasse o crescimento espiritual.
Acreditava, porém, no poder transformador da alegria e da devoção num contexto universal, salientando a necessidade de se estar bem enraizado na terra para se fazer das danças algo mais do que um “estado elevado temporário”.
As Danças da Paz Universal consistem em movimentos e gestos feitos em conjunto por todos os participantes, aliados a cantos de frases expressivas de diferentes tradições espirituais do mundo.
São frases mântricas, ou frases que captam a essência de determinada tradição, ou frases que evocam o ideal universal de paz e fraternidade entre os homens.
Os movimentos e gestos são bem simples e sintetizam uma linguagem corporal/grupal universal que se encontra em vários locais da Terra. Por exemplo, elevar mãos e braços ao céu invoca abertura para a divindade, com respeito e louvor; palmas em direção ao solo indicam reverência e contato com a terra, mãos dadas na roda indicam o estar juntos e o potencial de amizade; braços nos ombros das pessoas ao lado simbolizam a fraternidade entre os homens.
A roda se move para o centro do círculo, ou para fora, no sentido dos ponteiros do relógio, ou no outro, ora as pessoas estão de mãos dadas na roda, ora encontram-se com parceiros dispostos na circunferência da roda para se trocar cumprimentos, bênçãos e depois seguir adiante com um novo parceiro.
A prática das Danças da Paz Universal é dirigida por Saadi (Neil Douglas Klotz) que procura recontatar a essência das tradições do Oriente Médio (tradição crosta, judaica, islâmica, persa, egípcia, babilônica, etc), para levar a mensagem e prática da paz e respeito pela unidade dentro da diversidade.
Faz parte deste trabalho um resgate profundo das palavras de Jesus em aramaico – língua original em que ele proferiu suas mensagens – em especial a retomada profunda do significado da oração do Pai/Mãe Nosso(a), através das palavras, canto e dança inspirados e coletados a partir das formas de oração existentes no Oriente Médio.
As Danças da Paz Universal são sempre cantadas pelo grupo todo produzindo o som/vibração que acompanha os passos e movimentos simples. É comum essas danças serem acompanhadas por instrumentos que auxiliam na marcação do rítmo, sendo freqüente o uso do tambor, violão ou chocalho.


Roda de índios Xavantes - Brasil

Danças Circulares e da Paz Universal no Brasil no Brasil

No Brasil ambos os movimentos encontraram eco e são conhecidos como Danças Circulares ou Danças Circulares Sagradas.

Em nosso país vem se somando a este movimento uma parcela bem brasileira, formada pelas danças folclóricas feitas em roda e também pelas danças e brincadeiras de roda. Estas estão sendo reavivadas por educadores, folcloristas e/ou integrantes do movimento, com o intuito de intensificar a dança de roda no universo infantil, introduzindo, inclusive, músicas do nosso repertório popular, tanto antigo como atual.
De modo geral, as Danças Circulares têm sido praticadas com diferentes fins, e em ocasiões diversas como forma de crescimento individual; como caminho espiritual; uma forma de vivenciar o lúdico; na celebração de algum evento; como meio de harmonização grupal em apoio a alguma atividade que se deseja realizar; como instrumento terapêutico e de cura; no trabalho com idosos; com pessoas diferenciadas; como instrumento educativo para a vivência de princípios éticos nos âmbitos pessoal, grupal, social e planetário e, por fim, vêm contribuindo também no meio empresarial como instrumento de integração, sociabilização, centramento, ludicidade para o grupo, em sintonia com o propósito da empresa.
As Danças Circulares vêm se espalhando pelas principais capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Belém) e também pelo interior.
Para dançar não são necessárias habilidades especiais. Basta querer compartilhar da alegria de se dar as mãos na roda, com disponibilidade para ser mais um elo que dá, recebe e contribui para a criação grupal, com seu modo único e original de ser.


Dança da Paz Universal


Texto: Mônica Goberstein/ 1998
Revisão e ilustração: Vaneri de Oliveira/2005

quinta-feira, 8 de março de 2012

Parabéns Mulheres Guerreiras...As que escutam as Vozes da Deusa a se expressarem



As Vozes da Deusa se Expressam

Eu sou o ventre da Terra.

Eu sou os sulcos dos campos.

Eu sou a cúspide da lua.

Eu sou as gotinhas da chuva.

Eu sou as ondas do oceano.

Eu venho com os feixes do trigo para alimentá-los, com cestas de frutas para abençoar a sua mesa e com água transparente e fresca para saciar a sua sede.

Eu sou a essência generosa da vida.

Eu sou a condutora das crianças, não para matarem e serem assassinadas, mas para apoiarem a vida, plantarem sementes, produzirem colheitas, nutrirem a vida.

Ah, amor, amor, amor do meu coração, sejam verdadeiras comigo.

Sejam verdadeiras com a Terra.

Não sejam mais uma seguidora dos caminhos insensatos.

Corram ao vento comigo em seu cavalo selvagem.

Deixem o seu cabelo fluir livremente.

Encontrem o seu centro.

Sintam a força que pulsa deste ponto.
O centro é o ponto focal do padrão, como a tecelagem de uma rede de aranhas ou o lançamento do seixo que agita o lago. Comecem no centro e realizem o seu caminho para fora. Mas se vocês se distanciarem muito do centro, ficarão perdidas e preocupadas em não poderem encontrar o seu retorno. Eu estou aqui para ser sentida por todos vocês.
Eu sou uma força silenciosa.
- Maria Madalena-


Maria Elisete Shalom...