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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

OS QUATRO ARQUÉTIPOS DA SOBREVIVÊNCIA




A Criança, a Vítima, a Prostituta e o Sabotador estão todos intensamente envolvidos em seus desafios mais prementes relacionados à sobrevivência.

Cada um representa problemas, medos e vulnerabilidades diferentes que vocês precisam confrontar e superar como parte do seu Contrato Sagrado.

Ao assim fazerem, vocês verão estes quatro arquétipos como os seus aliados mais confiáveis, que podem representar forças espirituais assim como materiais.

Eles podem se tornar os seus guardiões e preservarão a sua integridade.

Tenham em mente que, como todos os arquétipos, as suas energias são essencialmente neutras, apesar das conotações negativas dos seus nomes. (Embora a própria criança pareça positiva, variantes como Criança Ferida, Necessitada ou Órfã, tem uma tonalidade similar negativa.)

O esboço do seu Contrato Sagrado pode ter sido consentido antes do seu nascimento, entretanto o modo no qual vocês respondem aos desafios que lhes são apresentados, e como vocês escolhem interagir com as pessoas com quem vocês têm contratos, é inteiramente da sua responsabilidade.

Se as suas escolhas forem feitas inconscientemente e vocês agirem defensivamente e temerosamente, vocês podem não aprender e crescer como deveriam.

Quanto mais conscientes puderem permanecer sobre os padrões arquetípicos que influenciam o seu comportamento, é mais provável que as suas escolhas e lições sejam positivas.

Agora vamos olhar rapidamente cada um dos quatro arquétipos de sobrevivência e ver como vocês podem aprender deles.

A CRIANÇA

A personalidade madura do arquétipo da Criança estimula esta nossa parte que anseia por ser alegre e inocente, esperando os milagres do amanhã, independente da idade.
Esta parte de nossa natureza contribui intensamente com a nossa habilidade de sentir a diversão em nossas vidas, equilibrando a seriedade das responsabilidades adultas. A Criança equilibrada é um encanto quando está perto, por causa da energia que flui desta parte de nossa responsabilidade e que é positivamente contagiante e exibe o melhor nos outros, assim como em nós.

A Criança também estabelece as nossas percepções da vida, a segurança, o cuidado, a lealdade e a família. Seus muitos aspectos incluem a Criança Ferida, Abandonada ou Órfã, Dependente, Inocente, da Natureza e Divina. Estas energias podem surgir em resposta a diferentes situações nas quais vocês se encontrem, entretanto, o problema essencial de todos os arquétipos da Criança é a dependência versus responsabilidade: quando assumir a responsabilidade, quando ter uma dependência saudável, quando enfrentar o grupo, e quando aceitar a vida pública. Cada uma das variantes do arquétipo da Criança é caracterizada por determinadas tendências, incluindo as tendências da sombra.

A CRIANÇA FERIDA

O arquétipo da Criança Ferida mantém as memórias do abuso, da negligência, e outros traumas que sofremos durante a infância. Este é o padrão da Criança com que a maior parte das pessoas se relaciona, particularmente desde que ela se tornou o foco da terapia desde os anos 60. Muitas pessoas responsabilizam o relacionamento com os seus pais por ter criado a Criança Ferida, por exemplo, para todos os seus relacionamentos disfuncionais subseqüentes. No lado positivo, as experiências dolorosas da Criança Ferida, freqüentemente despertam um profundo sentimento de compaixão e um desejo de ajudar outras Crianças Feridas. De uma perspectiva espiritual, uma Criança Ferida abre o caminho da aprendizagem do perdão.

O aspecto sombra pode se manifestar como um sentimento permanente de auto-piedade, uma tendência a responsabilizar os nossos pais por nossos defeitos atuais e de resistirmos a mudarmos através do perdão. Ele pode também nos levar a buscar a figura paterna ou materna em todas as situações difíceis, e não a confiarmos em nossa própria desenvoltura.

A CRIANÇA ORFÃ

Desde a Pequena Órfã Annie à Cinderela, a Criança Órfã, conhecida principalmente nas histórias das crianças, reflete as vidas das pessoas que sentem desde o nascimento, como se elas não fossem uma parte da sua família, incluindo a psique da família ou o espírito tribal. Mas porque os órfãos não são permitidos no círculo familiar, eles têm que desenvolver a independência precocemente. A ausência de influências, atitudes e tradições familiares, inspira ou impele a Criança Órfã a construir uma realidade baseada no julgamento e na experiência pessoal.

O aspecto sombra se manifesta quando os Órfãos nunca se recuperam dos sentimentos do abandono, e a cicatriz da rejeição da família reprime o seu amadurecimento, levando-as freqüentemente a buscar estruturas familiares substitutas para experienciarem a união tribal. Os grupos de apoio terapêutico se tornam tribos ou famílias sombra para uma Criança Órfã que sabe em seu âmago que a cura destas feridas requer o avanço para a idade adulta. Por esta razão, estabelecer relacionamentos maduros permanece um desafio.

A CRIANÇA MÁGICA/INOCENTE

A Criança Mágica vê o potencial para a beleza sagrada em todas as coisas e agrega qualidades de sabedoria e coragem diante das circunstâncias difíceis. Um exemplo é Anne Frank, que escreveu em seu diário que apesar de todo o horror que envolvia a sua família, enquanto estava escondida dos Nazistas em um sótão, ela ainda acreditava que a humanidade era basicamente boa. Este arquétipo é também dotado com o poder da imaginação e a crença de que tudo é possível.

A energia sombra da Criança Mágica se manifesta como a ausência da possibilidade de milagres e da transformação do mal em bem. Atitudes de pessimismo e de depressão, particularmente quando explora os sonhos, freqüentemente surgem de uma Criança Mágica prejudicada, cujos sonhos eram o tolo pensamento de “era uma vez” através dos adultos cínicos. A sombra pode também se manifestar como uma crença de que a energia e a ação não são necessárias, permitindo que se retire para a fantasia.

A CRIANÇA DA NATUREZA

Este arquétipo inspira um profundo e íntimo vínculo com as forças naturais, e tem uma particular afinidade pelas amizades com os animais. Embora a Criança da Natureza tenha qualidades emocionais, sensíveis, ela pode ter também uma obstinação e uma habilidade interior para a sobrevivência – o poder de recuperação da própria Natureza. As Crianças da Natureza podem desenvolver habilidades avançadas de comunicação com os animais. Nas histórias que refletem este arquétipo, um animal vem freqüentemente ao resgate de sua criança companheira. Muitos veterinários e ativistas dos direitos dos animais ressoam com este arquétipo porque eles sentiram uma harmonia consciente com os animais desde a infância. Outros adultos descrevem que estão em comunicação com os espíritos da natureza e aprendendo a trabalhar em harmonia com eles, mantendo a ordem da natureza.

O aspecto sombra da Criança da Natureza se manifesta em uma tendência para abusar dos animais, das pessoas e do meio ambiente.

Entretanto, um amor pelos animais não é suficiente para qualificar este arquétipo. Um padrão vitalício de se relacionar com os animais de um modo íntimo e carinhoso, até o ponto que a sua psique e seu espírito precisam destes laços como uma parte crucial de seu bem-estar, é o seu melhor indício.

PUERI/PUELLA ETERNIS (O MENINO/MENINA ETERNO)

Este arquétipo nos leva a permanecer eternamente jovens no corpo, mente e espírito, e a não deixar que a idade nos impeça de curtir a vida. A sombra da Criança Eterna se manifesta freqüentemente como uma inabilidade de crescer e aceitar a vida responsável de um adulto. Como Peter Pan, o Eterno Menino que resiste a terminar um ciclo da vida no qual ele é livre para viver fora dos limites do adulto convencional. A sombra da Criança Eterna pode se manifestar nas mulheres com extrema dependência em relação àqueles que se encarregaram de sua segurança física. Ela não pode aceitar o processo do envelhecimento. Embora poucas pessoas se encantem no término de sua juventude, a Criança Eterna é algumas vezes deixada debatendo-se e sem ancoragem entre os estágios da vida, por não ter preparado um alicerce para um adulto atuante.

A CRIANÇA DEPENDENTE

A Criança Necessitada ou Dependente mantém um opressivo sentimento de que nada é satisfatório, e está sempre procurando substituir algo perdido na infância.- embora exatamente o que nunca é claro. Como com a Criança Ferida, isto leva a surtos de depressão, somente que mais graves. A Criança Dependente tende a ficar focalizada em suas próprias necessidades, freqüentemente incapaz de ver a necessidade dos outros. Como com todos os arquétipos aparentemente negativos, vocês podem aprender a reconhecer o seu aparecimento e usá-lo como um guia para alertá-los quando estiverem em perigo de entrarem em atitudes e comportamento de necessidade e de introspecção.

A CRIANÇA DIVINA

A Criança Divina está intimamente relacionada tanto com a Criança Inocente como com a Criança Mágica, mas é distinguida delas pela sua missão redentora. Ela está associada com a inocência, com a pureza, com a redenção, qualidades divinas que sugerem que a Criança aprecia uma união especial com o Divino. Poucas pessoas estão inclinadas a escolher a Criança Divina como o seu arquétipo dominante de Criança, entretanto, porque elas têm dificuldade em reconhecer isto, elas poderiam viver continuamente na inocência divina. E, entretanto, a divindade é também um ponto de referência de seu espírito interior a que vocês podem se dirigir quando estiverem em um processo consciente de escolha. Vocês também podem supor que algo divino não pode ter um aspecto sombra, mas isto não é realista. A sombra deste arquétipo se manifesta como uma inabilidade de se defender contra forças negativas. Até os deuses míticos e os mestres mais espiritualizados – incluindo Jesus, que é o padrão da Criança Divina para a tradição Cristã – expressou simultaneamente a raiva e a força espiritual ao se confrontar com aqueles que reivindicavam representar o céu enquanto manifestavam a injustiça, a arrogância, ou outras qualidades negativas (pensem na ira de Jesus diante dos mercadores do Templo). Avaliem o seu envolvimento com este arquétipo, perguntando se vocês percebem a vida através dos olhos de um Deus/Deusa benevolente, confiante, ou se vocês tendem a responder inicialmente com medo de ser ferido ou com um desejo de ferir os outros primeiro.

A VÍTIMA

Não se enganem pelo nome deste arquétipo. Quando reconhecida convenientemente, a Vítima pode alertá-los da possibilidade de que vocês estejam prestes a se deixarem ser vitimados, seja através da passividade ou de ações inapropriadas. Pode também ajudá-los, reconhecer a sua própria tendência a vitimar outros para ganho pessoal. Nós precisamos desenvolver esta clareza do insight, entretanto, isto significa aprender a natureza e a intensidade da Vítima interior.

Em sua manifestação sombra, a Vítima lhes diz que sempre há um oportunismo e que nunca é a sua culpa. Nós podemos gostar de desempenhar a Vítima às vezes, por causa da resposta positiva que obtemos na forma de simpatia ou piedade. Nosso objetivo é sempre aprender como reconhecer estas atitudes inapropriadas em nós mesmos e nos outros, e agir adequadamente. Não pretendemos ser vitimados na vida, mas aprender como lidar com os desafios e escaparmos de nossos medos.

Ao estabelecerem contato com a sua própria Vítima interior, perguntem-se:

Eu responsabilizo outros pelas circunstâncias da minha vida?

Eu passo o tempo em depressão ou auto-piedade?

Eu invejo outros que sempre parecem obter o que eles querem da vida?

Eu me sinto vitimado pelos outros quando as situações não transcorrem do modo que eu queria?

Eu tenho a tendência a me sentir mais impotente do que poderoso?

O SABOTADOR

Este pode ser o mais difícil de todos os arquétipos de se compreender, porque o seu nome está associado com traição. Entretanto, o propósito deste arquétipo não é sabotá-los, mas ajudá-los a aprender os muitos modos nos quais vocês se debilitam. Com que freqüência vocês colocam novos planos em movimento, somente para perderem o ânimo e permanecerem do mesmo modo, devido aos medos que debilitam estes planos otimistas? Ou vocês começam um novo relacionamento e então o destroem, porque vocês começam a imaginar um resultado doloroso? Vocês começam um relacionamento ativo com outra pessoa e se encontram novamente em um conflito de poder que poderia ser estabelecido pacificamente – mas vocês caem no mesmo padrão destrutivo porque vocês temem a outra pessoa.

Os medos e os problemas do Sabotador estão todos relacionados com a baixa auto-estima que os leva a fazer escolhas que impedem a sua capacitação e o seu sucesso. Como com a Vítima e a Prostituta, vocês precisam encarar este poderoso arquétipo que todos nós possuímos e torná-lo um aliado. Quando o fizerem, perceberão que ele chama a sua atenção para as situações nas quais vocês estejam em perigo de serem sabotados, ou de se sabotarem. Uma vez que estejam confortáveis com o Sabotador, vocês aprendem a ouvir e a prestarem atenção a estes avisos, preservando-se da tristeza inenarrável de cometer os mesmos erros inúmeras vezes. Ignorem-no, e o Sabotador sombra se manifestará na forma de comportamento autodestrutivo ou com o desejo de enfraquecer outros.

Para aprender como se tornar consciente da ação do Sabotador interior, façam a si mesmos estas perguntas:

Quais os medos que têm mais autoridade sobre mim? Listem três.

O que acontece quando um medo me surpreende? Isto me torna silencioso?

Eu permito que as pessoas falem por mim?

Eu tenho permitido que oportunidades criativas sejam ignoradas?

Quão consciente eu estou no momento em que estou me sabotando?

Eu sou capaz de reconhecer o Sabotador nos outros?

Eu seria capaz de oferecer conselho aos outros sobre como desafiar o Sabotador? Caso afirmativo, qual seria?

A PROSTITUTA

Nenhum de nós pensa gentilmente no termo: “prostituta”, e, entretanto, a partir deste arquétipo nós aprendemos o grande presente de nunca novamente ter que comprometer (expor) o nosso corpo, mente ou espírito. Vocês já podem ter alcançado o ponto no qual a Prostituta se tornou uma parte madura de si mesmos, que os envolve com um forte campo vibracional que diz: “Não está à venda”.

O arquétipo da Prostituta engaja lições na venda ou na negociação da integridade ou do espírito, devido aos medos da sobrevivência física ou para ganho financeiro. Ele ativa os aspectos do inconsciente que estão relacionados com a sedução e o controle, por meio dos quais vocês sejam tão capazes de adquirir um controle sob outra pessoa, vendendo o seu poder. A prostituição deveria ser compreendida como a venda ou a liquidação de seus talentos, idéias e qualquer outra expressão do eu. A aprendizagem essencial da Prostituta se relaciona com a necessidade de criar e refinar a auto-estima e o respeito próprio.

Nós nos prostituímos quando vendemos os nossos corpos ou mentes por dinheiro ou quando comprometemos a nossa moral e a nossa ética para ganho financeiro. Isto pode incluir a permanência em um casamento ou emprego quando colocado em risco o nosso bem-estar por razões de segurança financeira.

Ao identificarem este arquétipo, perguntem-se:

Eu já negociei com pessoas ou organizações em que verdadeiramente eu não confiava?

Eu já permaneci em uma situação que me oferecia proteção financeira por causa de um desejo de segurança financeira?

Eu já coloquei outra pessoa na posição de comprometê-lo, a fim de adquirir poder sobre este indivíduo?

Eu já “comprei” a lealdade, o apoio, ou até o silêncio de outra pessoa, a fim de ter a minha condição?

De outra perspectiva:

Eu já ofereci ajudar outra pessoa que estava enfraquecida pelo seu Arquétipo de Prostituta?

Eu julgo outros porque eles se encontram continuamente se comprometendo?

Eu os considero fracos e a mim mesmo como uma pessoa melhor?

E ainda de outra perspectiva:

Eu já me senti sendo impulsionada para uma circunstância que exigiria de mim a venda da minha ética, mas então me percebi suficientemente forte para dizer “não”?

Uma vez que tenham respondido a estas perguntas, vocês podem continuar, determinando o resto dos 12 arquétipos que compõem o seu grupo pessoal de apoio.


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(Do Mundo para vocês: Usando os Arquétipos para Compreender as Mudanças em sua Vida).

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Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br

sábado, 11 de setembro de 2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010



Qual é a felicidade possível? - Leonardo Boff

A felicidade é um dos bens mais ansiados pelo ser humano.


Mas não pode ser comprada nem no mercado, nem bolsa, nem nos bancos. Apesar disso, ao redor dela se criou toda uma indústria que vem sob o nome de auto-ajuda. Com cacos de ciência e de psicologia se procura oferecer uma fórmula infalível para alcançar "a vida que você sempre sonhou". Confrontada, entretanto, com o curso irrefragável das coisas, ela se mostra insustentável e falaciosa. Curiosamente, a maioria dos que buscam a felicidade intui que não pode encontrá-la na ciência pura ou em algum centro tecnológico. Vai a um pai ou mãe de santo ou a um centro espírita ou freqüenta um grupo carismático, consulta um guru ou lê o horóscopo ou estuda o I-Ching da felicidade. Tem consciência de que a produção da felicidade não está na razão analítica e calculatória, mas na razão sensível e na inteligência emocional e cordial. Isso porque a felicidade deve vir de dentro, do coração e da sensibilidade. Para dizer logo, sem outras mediações, não se pode ir direto à felicidade. Quem o faz, é quase sempre infeliz.





A felicidade resulta de algo anterior: da essência do ser humano e de um sentido de justa medida em tudo.A essência do ser humano reside na capacidade de relações. Ele é um nó de relações, uma espécie de rizoma, cujas raízes apontam para todas as direções. Só se realiza quando ativa continuamente sua panrelacionalidade, com o universo, com a natureza, com a sociedade, com as pessoas, com o seu próprio coração e com Deus. Essa relação com o diferente lhe permite a troca, o enriquecimento e a transformação. Deste jogo de relações, nasce a felicidade ou a infelicidade na proporção da qualidade destes relacionamentos. Fora da relação não há felicidade possível.Mas isso não basta. Importa viver um sentido profundo de justa medida no quadro da concreta condição humana. Esta é feita de realizações e de frustrações, de violência e de carinho, de monotonia do cotidiano e de emergências surpreendentes, de saúde, de doença e, por fim, de morte. Ser feliz é encontrar a justa medida em relação a estas polarizações. Dai nasce um equilíbrio criativo: sem ser pessimista demais porque vê as sombras, nem otimista demais porque percebe as luzes. Ser concretamente realista, assumindo criativamente a incompletude da vida humana, tentando, dia a dia, escrever direito por linhas tortas.A felicidade depende desta atitude, especialmente quando nos confrontamos com os limites incontornáveis, como, por exemplo, as frustrações e a morte.





De nada adianta ser revoltado ou resignado, Mas tudo muda se formos criativos: fazer dos limites fontes de energia e de crescimento.



É o que chamamos de resiliência: a arte de tirar vantagens das dificuldades e dos fracassos.



Aqui tem seu lugar um sentido espiritual da vida, sem o qual a felicidade não se sustenta a médio e a longo prazo.



Então aparece que a morte não é inimiga da vida, mas um salto rumo a uma outra ordem mais alta.



Se nos sentimos na palma das mãos de Deus, serenamos.



Morrer é mergulhar na Fonte.



Desta forma, como diz Pedro Demo, um pensador que no Brasil melhor estudou a "Dialética da Felicidade" (em três volumes, pela Vozes):



"Se não dá para trazer o céu para terra, pelo menos podemos aproximar o céu da terra".



Eis a singela e possível felicidade que podemos penosamente conquistar como filhos e filhas de Adão e Eva decaídos.




A ARTE DE SER LUZ


"Somos estrelas de bem-aventurança.

Cada um de nós é um sol.
Pensar nisso é evocar essa luz.
Sentir-se irradiante nesse mundo - tão cheio de pessoas carregando mágoas e expostas a diversos tipos de suscetibilidades energéticas -, é tornar-se rico de possibilidades espirituais.
Ser consciente dessa luz é viver em abundância interna.
A matéria é energia condensada. E a energia é matéria sutilizada.
Logo, tudo é energia em graus variados de densidade.
Por isso, os mestres herméticos da antiguidade diziam que ‘tudo é luz!'
E eles estavam corretos: luz é vida; é movimento; é vibração; é energia.
A energia reflete o que pensamos, sentimos e fazemos uns com os outros.
A qualidade da nossa energia depende da qualidade de nossa manifestação - interna e externa -, na vida.
Quem vibra com o que faz, irradia uma energia que impulsiona aos outros na direção dos mesmos interesses e afinidades.
E o semelhante atrai o semelhante...
Então, quem quer mais luz, que seja luz!"

- Wagner Borges -




Amoroso abç em vossos corações