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terça-feira, 10 de agosto de 2010

A DANÇA COMO CAMINHO DE CONEXÃO INTERIOR

Uma verdadeira viagem se inicia quando o movimento alça vôo em nossos corpos. Porque somos muito mais do que nos ensinaram.

As danças têm suas origens na maravilhosa relação com a Grande Natureza, a Mãe Terra, com o Sol, os Planetas e as Estrelas.
O movimento, em entrega total, estabelece uma conexão com a divindade de nosso Ser.

Aqui tudo é Sagrado, tudo é uno, comum união.



Quando você dança pode sentir a conexão com os diversos elementos, como por exemplo: o vento que alude à transparência do espírito; a água que é pura flexibilidade; você também pode se converter em montanha, porque interiormente somos tão imponentes e fortes como ela. Outras vezes voaremos buscando o fogo e a luz do Sol, ou viajaremos no brilho de uma estrela.

Contam as diversas tradições que os deuses criadores se reuniram, para plasmar cada um a partir de seu dom. Assim uns se dispuseram a trabalhar com os sons e os cantos; outros pintaram o universo de cores; alguns brincaram com as formas e finalmente outro grupo animou com o movimento, para que tudo fluísse em harmonia e beleza.
O homem, dizem, foi criado para gozar de todos os sentidos e lhe outorgaram a qualidade de experimentar a criatividade, que é uma sincronização com os dons dos deuses. Por isso quando dançamos e cantamos recordamos esse pedaço da chispa divina que na verdade somos.



A dança, em primeiro lugar, quebra todas as limitações da mente e permite descobrir o poder de ser.

Em seguida, são removidas as emoções para serem transformadas; vão aparecendo, como camadas, para serem abandonadas espontaneamente.

Conforme se dança a energia flui e os corpos sutis gradualmente fecham antigas feridas. Aparece o bem-estar e a capacidade de desfrutar; geramos endorfinas.
Um dia descobrimos a enorme capacidade de nos comunicar através desta linguagem que transcende idiomas e fronteiras. Aparece a reciprocidade de dar e receber amor. É o poder do coração aberto.

Um pouco mais adiante, a dança não terá formas rígidas e expressará a conexão com o ser total que pode ser experimentado como êxtase. O conjunto de corpos que somos se torna flexível, elástico. Passamos do movimento total à quietude mais extrema, tal e qual são os ritmos da natureza expressas nas estações.

Vamos descobrindo que o corpo se manifesta em formas geométricas enquanto dança, e em um momento a entrega é tal que você se converte em luz, só luz. É maravilhoso você sentir que está aqui e ali, plenamente consciente.



Por isso, especialmente nas tradições nativas o trabalho com as danças, não requer plantas de poder. A dança e o canto são alucinógenos sonoros por excelência, expandem a consciência naturalmente.

Então a dança é geradora de purificação para a alma de quem está trabalhando com ela, quando se utilizam as músicas adequadas.

Você é convidado a experimentar e a contar suas experiências.

Fonte: Rede Cusi Huasi
Tradução para o português: Eleonôra

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