A amamentação é importante para a saúde física e mental dos bebês, mas outro ponto
importante que a ciência vem demonstrar é que ela também plasma o sentimento de
fraternidade humana e intensifica o senso de fé na humanidade.
Muito da não-fraternidade vivida no mundo atual vem da cultura do acúmulo de riqueza, aliada à cultura de excluídos, a tal ponto que se acredita que a Terra não tem condições de suprir alimentação para a atual quantidade imensa de habitantes. O planeta Terra vive um momento em que a questão principal não é afirmar que há nele muita gente, mas sim, rever para onde vai o produto do trabalho de tantos. Na verdade, na base do raciocínio da exclusão está uma cultura que não introjetou aquilo que ocorre no aleitamento materno: a cultura da prodigalidade da natureza,
aliada ao sentimento de importância de prover para todos.Pois, quantas são as mulheres que amamentam mais de uma criança e lidam com isto muito bem? O aleitamento materno dá ao bebê uma profunda experiência de prodigalidade da natureza, que está na base da fé, na prodigalidade cuidadosa dos recursos naturais e isto começa a acontecer quando ele dá pequenas mordidas que doem em sua mãe, e ela, ao invés de responder à dor com dor, ao contrário, olha em seus olhos comunicando cuidado. Isto é profunda e intimamente compreendido pelo bebê: prodigalidade e cuidado.
O aleitamento humano é uma experiência de afeto, leite e comunicação. É uma troca de cérebro para cérebro, condição que o mamífero humano desfruta, além de um aspecto que não se observa em nenhuma outra espécie que é o olho no olho enquanto se amamenta, pois a comunicação que se estabelece neste momento, devido ao cérebro mais desenvolvido, é parte fundamental da cultura da fé na generosidade natural e, por si, é o antídoto do medo, da escassez.
A amamentação cria uma relação muito íntima entre mãe e filho e permite vivenciar,
da maneira mais natural possível, que nós, seres humanos, precisamos uns dos outros e existimos uns para os outros. O leite materno está sempre disponível, de modo higienicamente incontestável e na temperatura correta. A composição do leite
materno corresponde às necessidades presentes da criança. Amamentar é uma atividade simples, com economia de tempo e de dinheiro. A amamentação favorece
a involução uterina pós-parto. Crianças amamentadas são menos sujeitas a infecções
e superam-nas mais facilmente. Crianças amamentadas têm mais defesas contra
distúrbios digestivos graves associados às enterites, contra a desidratação de verão,
septicemia e meningite. A amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida pode proteger a criança das alergias. (GOEBEL e CLÖCKER, 2002, p. 260)
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